“Vistos gold” 2020: disfarçados mas igualmente perigosos

Estamos a ser fintados por esta versão cor de rosa dos “vistos gold”, quando há pelo menos seis anos que se pede ao governo que aja em nome da decência.

As críticas aos “vistos gold" são antigas e vêm de várias origens. Em Portugal, a Associação Cívica Transparência e Integridade (TI-PT, da qual faço parte) tem alertado para a porta escancarada à corrupção e lavagem de dinheiro que este esquema envolve. Também o Parlamento Europeu (onde Ana Gomes, então eurodeputada, desempenhou um papel chave) e a Comissão Europeia recomendam que Portugal elimine a venda de residência. Do lado dos partidos, BE, PAN e PCP já várias vezes se afirmaram a favor da eliminação dos “vistos gold". Em face disto, o PS resolveu apresentar-nos uma versão 2.0, supostamente amiga do interior do país e do emprego, em vez de resolver os problemas do esquema. A partir de agora, só vai ter acesso à via rápida de acesso ao Espaço de Schengen quem investe fora das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e das Comunidades Intermunicipais do Litoral.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

As críticas aos “vistos gold" são antigas e vêm de várias origens. Em Portugal, a Associação Cívica Transparência e Integridade (TI-PT, da qual faço parte) tem alertado para a porta escancarada à corrupção e lavagem de dinheiro que este esquema envolve. Também o Parlamento Europeu (onde Ana Gomes, então eurodeputada, desempenhou um papel chave) e a Comissão Europeia recomendam que Portugal elimine a venda de residência. Do lado dos partidos, BE, PAN e PCP já várias vezes se afirmaram a favor da eliminação dos “vistos gold". Em face disto, o PS resolveu apresentar-nos uma versão 2.0, supostamente amiga do interior do país e do emprego, em vez de resolver os problemas do esquema. A partir de agora, só vai ter acesso à via rápida de acesso ao Espaço de Schengen quem investe fora das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e das Comunidades Intermunicipais do Litoral.