MP acusa 13 arguidos, incluindo agente da PSP de Gondomar, de tráfico de droga
Elemento da PSP foi apanhado com 125 quilos de haxixe no carro em Julho do ano passado, na zona do Montijo, quando regressava de Espanha, onde fora buscar a droga. Investigação da PSP durou dois anos.
O Ministério Público anunciou, nesta segunda-feira, ter constituído 13 arguidos por tráfico de droga, incluindo um agente da PSP da esquadra da Gondomar, que é apontado como um dos líderes de uma organização criminosa.
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O Ministério Público anunciou, nesta segunda-feira, ter constituído 13 arguidos por tráfico de droga, incluindo um agente da PSP da esquadra da Gondomar, que é apontado como um dos líderes de uma organização criminosa.
Segundo adianta uma nota do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), quatro dos arguidos foram acusados de tráfico de droga agravado, mas também do crime de associação criminosa.
O arguido identificado como sendo um dos líderes do grupo era agente da PSP, colocado na esquadra de Gondomar, distrito do Porto. E delegado sindical da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia da PSP (ASPP/PSP) que frequentemente usava as folgas sindicais para ir a Espanha buscar droga.
O DCIAP revela que efectuada investigação patrimonial àquele agente da PSP, “apurou-se a existência de património incongruente com os seus rendimentos lícitos, razão pela qual foi deduzida a respectiva perda a favor do Estado, no montante de 184.692,32 euros”.
A acusação refere que os quatro arguidos adquiriam haxixe em elevadas quantidades no sul de Espanha e transportavam-no em automóveis para a zona metropolitana do Porto, onde era efectuada a sua venda a terceiros.
Os arguidos em causa terão realizado, pelo menos, 27 viagens com esse propósito, sustenta a acusação. Os restantes arguidos acusados - indica o DCIAP - diligenciaram pela venda de haxixe a consumidores do grande Porto.
Três dos arguidos foram detidos, na noite de 7 de Julho de 2019, a transportar 125 quilos de haxixe, droga cuja venda lhes renderia cerca de 150 mil euros, tendo nas buscas então realizadas nas habitações de alguns dos acusados sido apreendida mais daquela droga, vários telemóveis, dinheiro e viaturas. Um quarto foi detido na manhã do dia seguinte, no Porto. Na altura ficaram os quatro detidos: o agente da PSP na prisão de Évora, os outros três homens no Estabelecimento Prisional de Lisboa.
A operação envolveu pedidos de cooperação internacional com as autoridades espanholas. Com a acusação, o DCIAP avança que, relativamente a três dos arguidos, foi promovida a manutenção da prisão preventiva.