Daniel Blaufuks: “O que procuro é uma prova de que o meu pai esteve consciente da minha existência”

Não Pai é o primeiro trabalho de Daniel Blaufuks que coloca a escrita no centro de tudo. O texto, que escreveu após a morte do pai, é sobre abandono, perda, exílio, o sentimento de não pertencer. E sobre “a busca de uma imagem que não existe”. Uma não fotografia de um não pai.

Foto
Nuno Ferreira Santos

É um livro pequeno, tem o tamanho de uma mão aberta. Tem, segundo o autor, o fotógrafo Daniel Blaufuks, o tamanho justo. Aquele que é suficiente para dizer o que queria dizer. “Não queria que fosse uma coisa muito longa porque não há assim tanto para contar. Não queria que fosse uma coisa trágica porque não é uma coisa trágica. Não queria que se ouvissem violinos quando se lesse isto. A minha história não é triste, no fundo.”