“Graças a Trump, o mundo xiita está mais unido que nunca”

A politóloga iraniana Ghoncheh Tazmini diz que a ordem de assassínio do general Qassem Soleimani e a ameaça de bombardear locais culturais pelo Presidente dos EUA “foram mais dois pregos no caixão na política norte-americana relativamente ao Irão”.

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Centenas de milhares de iranianos e iraquianos participaram nos cortejos fúnebres do general Qassem Soleimani EPA/ABEDIN TAHERKENAREH

Os Estados Unidos conseguiram com a morte de Qassem Soleimani, líder da Força al-Quds, unidade de elite dos Guardas da Revolução iranianos, o que o general nunca conseguiu em vida: unir o mundo xiita contra a presença norte-americana no Médio Oriente. Em entrevista ao PÚBLICO, a politóloga iraniana Ghoncheh Tazmini, da britânica Universidade SOAS e investigadora do Centro de Estudos Internacionais do Instituto de Lisboa (CEI-IUL), diz que esta nova união xiita vai ser uma carta nas mãos do substituto do general e seu antigo braço direito, Esmail Qaani, um homem “mais amargo, mais ressentido e mais determinado do que Soleimani alguma vez foi”. 

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Os Estados Unidos conseguiram com a morte de Qassem Soleimani, líder da Força al-Quds, unidade de elite dos Guardas da Revolução iranianos, o que o general nunca conseguiu em vida: unir o mundo xiita contra a presença norte-americana no Médio Oriente. Em entrevista ao PÚBLICO, a politóloga iraniana Ghoncheh Tazmini, da britânica Universidade SOAS e investigadora do Centro de Estudos Internacionais do Instituto de Lisboa (CEI-IUL), diz que esta nova união xiita vai ser uma carta nas mãos do substituto do general e seu antigo braço direito, Esmail Qaani, um homem “mais amargo, mais ressentido e mais determinado do que Soleimani alguma vez foi”.