O zombie é o que é

Entre Murnau e Rihanna, Hogwarts e Tourneur, A Criança Zombie é uma comovente meditação sobre a história e a memória. Com zombies.

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A Criança Zombie avança de modo intrigante entre a câmara lenta entorpecida e o rigor classicista, entrecortado pelo rap

Pensamos na frase fatalista que recorre ao longo do Irlandês de Martin Scorsese: “it is what it is”, é o que é. Porque alguém diz algo de muito semelhante em A Criança Zombie: “c’est comme ça”, é assim, é o que é. As coisas são o que são. Mélissa (Wislanda Louimat) pode ser aluna num colégio feminino francês reservado às descendentes de pessoas galardoadas com a Legião de Honra, mas é também uma haitiana descendente de uma linhagem de mulheres do vudu. A sua colega Fanny (Louise Labèque) pode sonhar durante todo o período de aulas com o rapaz que conheceu nas férias de Verão que isso não muda os verdadeiros sentimentos que ele tem por ela.

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Pensamos na frase fatalista que recorre ao longo do Irlandês de Martin Scorsese: “it is what it is”, é o que é. Porque alguém diz algo de muito semelhante em A Criança Zombie: “c’est comme ça”, é assim, é o que é. As coisas são o que são. Mélissa (Wislanda Louimat) pode ser aluna num colégio feminino francês reservado às descendentes de pessoas galardoadas com a Legião de Honra, mas é também uma haitiana descendente de uma linhagem de mulheres do vudu. A sua colega Fanny (Louise Labèque) pode sonhar durante todo o período de aulas com o rapaz que conheceu nas férias de Verão que isso não muda os verdadeiros sentimentos que ele tem por ela.