Vai haver uma nova disciplina de História no 12.º ano

“História, Culturas e Democracia” é de escolha opcional para todos os alunos de todos os cursos do ensino secundário. O objectivo é ajudá-los a “interpretar o presente”.

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Nuno Ferreira Santos

Os alunos do 12.º ano vão ter a opção de escolher uma nova disciplina no próximo ano lectivo que aborda a história contemporânea e pretende que os estudantes consigam interpretar o presente e agir de forma crítica. Chama-se “História, Culturas e Democracia” e destina-se aos alunos de todos os cursos do ensino secundário, segundo informação disponibilizada no site da Direcção-Geral de Educação (DGE).

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Os alunos do 12.º ano vão ter a opção de escolher uma nova disciplina no próximo ano lectivo que aborda a história contemporânea e pretende que os estudantes consigam interpretar o presente e agir de forma crítica. Chama-se “História, Culturas e Democracia” e destina-se aos alunos de todos os cursos do ensino secundário, segundo informação disponibilizada no site da Direcção-Geral de Educação (DGE).

“É uma disciplina anual de opção destinada aos alunos dos cursos científico-humanísticos de Ciências e Tecnologias, de Ciências Socioeconómicas e de Artes Visuais do Ensino Secundário e enquadra-se nas opções de oferta de escola e pretende contribuir (...) para o desenvolvimento de competências de reflexão crítica, consistente e autónoma sobre a nossa contemporaneidade”, lê-se na página da DGE.

A nova disciplina tem também como objectivo fazer com que o aluno compreenda o mundo actual e problematize temas da História recente. “Esta oferta, que partiu do diálogo que temos mantido com os professores de História, é uma resposta à necessidade de valorização do conhecimento histórico e do património enquanto alicerces da identidade e da democracia. Além disto, estrutura-se de uma forma coerente com as finalidades previstas no Perfil dos Alunos: o desenvolvimento de espírito crítico e capacidade de interpretação da realidade sustentado em conhecimento”, sublinhou o secretário de Estado da Educação, João Costa, em declarações à agência Lusa.

A disciplina pretende dar ferramentas aos alunos para que compreendam o mundo em que vivem e tenham uma consciência histórica e assim poderem assumir “uma posição informada, crítica e participativa na construção da sua identidade individual e colectiva, num quadro de referência humanista e democrática”, refere o mesmo documento.

As aprendizagens essenciais estruturam-se em torno de quatro grandes temas: “A História faz-se com critério"; “Global e Local ("Glocal") e Consciência Patrimonial"; “Passados Dolorosos na História” e, finalmente, “História e tempo Presente”. O tema “Passados Dolorosos na História”, por exemplo, assenta no pressuposto de que o desconhecimento da realidade histórica pode conduzir à instrumentalização do passado.

A importância da “História e do Tempo Presente” vem reforçar a ideia de que os conteúdos da História estão associados a situações e problemas presentes no quotidiano da vida do aluno ou presentes no meio sociocultural e geográfico em que se insere, criando-se na escola espaços e tempos onde possa intervir livre e responsavelmente.

As aprendizagens essenciais desta nova disciplina foram desenvolvidas entre a Associação de Professores de História e a DGE.