“A Câmara do Porto e o horror à crítica”, publicado a 26 de Setembro 2019

Em tréplica a um direito de resposta que foi obrigado a publicar por deliberação da ERC, e que tinha recusado à Câmara do Porto, afirmou a direcção editorial do PÚBLICO que o Município procedeu a cortes de investimento no seu jornal, o que atribui a um alegado horror à crítica.

Obriga-se a autarquia a repor a verdade:

1. O jornal PÚBLICO é a publicação em que a Câmara do Porto mais investiu em publicidade nos últimos seis anos, depois de 12 anos sem qualquer investimento;

2. Serviu sobretudo para divulgar o programa cultural municipal e foi regular durante seis anos, mantendo-se até ao presente;

3. Em 2016 o investimento foi maior, depois de ter sido aceite uma proposta da direcção comercial do PÚBLICO para impressão e encarte do jornal municipal;

4. Em 2017, o director editorial do PÚBLICO comunicou ao Presidente da Câmara, no final de uma entrevista que o próprio realizou na autarquia, que o jornal iria descontinuar o acordo que tinha sido proposto pela sua direcção comercial e estava em curso;

5. Ainda assim, a Câmara do Porto continuou a divulgar o programa cultural no jornal PÚBLICO, através de vários contratos, um deles anual, firmado em 2018. Contrariamente ao que fez o PÚBLICO em 2017, a Câmara cumpriu.

6. Depois de tal episódio, a Câmara do Porto financiou a publicação de diversos anúncios dos seus programas municipais “Festival DDD”, “Porto Bienal Design” e “inaugurações de Miguel Bombarda”.

O PÚBLICO pode ter a sua opinião e publicar a de quem entender, não provocando o horror que imagina ser capaz de induzir. Mas não pode, sem réplica da Câmara do Porto, pôr em causa a dignidade dos seus trabalhadores e dirigentes sem que o presidente da Câmara do Porto se obrigue a corrigi-lo.

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