António Costa está tranquilo, mas não devia

Demasiadas vezes o pragmatismo de Costa confunde-se com um conformismo diante das falhas éticas recorrentes de membros do governo e dos seus camaradas de partido.

As primeiras declarações do primeiro-ministro após a demissão do secretário de Estado da Protecção Civil, na sequência das buscas relacionadas com as golas antifumo (e não só), foram estas: “Sempre que o sistema de justiça funciona, o governo está tranquilo.” Depois, António Costa, possuído ainda pelo espírito da tranquilidade, aliviou-se de mais um trio de generalidades catitas – a importância da separação de poderes, a garantia de que ninguém está acima da lei, a independência da investigação criminal –, disse tchauzinho aos jornalistas, e seguiu para a campanha eleitoral, a assobiar para o ar, como se aquilo não fosse nada com ele ou com o seu ministro e amigo Eduardo Cabrita.

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