Os dias do horror não são velhos

Trieste é um romance-monumento onde tudo cabe. Na tradição da ficção documental, a autora croata parte de factos reais, prova-os, e ficciona. Em redor ergueu um aparato com documentos.

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A escritora croata Dasa Drndic (1946-2018), neste romance, partiu de uma história real, de uma personagem real e ficcionou DR

Uma mulher está sentada a baloiçar-se junto a uma janela alta, numa sala do terceiro andar de um prédio austro-húngaro na parte antiga de Gorizia – uma localidade perto de Trieste. Aos pés tem um grande cesto, e dele vai retirando cartas, fotografias, bilhetes-postais, recortes de jornais, revistas, e folheia-os, depois volta a ordená-los, no chão ou em cima da secretária junto à janela.

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Uma mulher está sentada a baloiçar-se junto a uma janela alta, numa sala do terceiro andar de um prédio austro-húngaro na parte antiga de Gorizia – uma localidade perto de Trieste. Aos pés tem um grande cesto, e dele vai retirando cartas, fotografias, bilhetes-postais, recortes de jornais, revistas, e folheia-os, depois volta a ordená-los, no chão ou em cima da secretária junto à janela.