No silêncio das nossas vidas

O livro que inaugurou um novo género na literatura sul-americana, o conto fantástico. Leopoldo Lugones foi um mestre para Jorge Luis Borges.

Foto
O argentino Leopoldo Lugones (1874-1938)

Na década de 1970, um lendário editor italiano, Franco Maria Ricci, encontrou-se em Buenos Aires com o escritor argentino Jorge Luis Borges e propôs-lhe dirigir (seleccionando e prefaciando) uma colecção de literatura fantástica a que, muito à maneira borgeana, daria o nome A Biblioteca de Babel. Curiosamente, ou talvez nem tanto, o primeiro volume foi uma colectânea de sete contos fantásticos do seu “mestre”, o também argentino Leopoldo Lugones (1874-1938), e a que deu o título de um dos contos inclusos, Os Cavalos de Abdera (Vega, 1988). Esse conto faz parte do primeiro livro de Lugones, As Forças Estranhas — originalmente publicado em 1906 e agora, pela primeira vez, traduzido para português na totalidade (três ou quatro contos estavam dispersos por várias antologias de contos hispânicos). Este livro inaugurou um novo género na literatura sul-americana, o conto fantástico, que teve depois em Jorge Luis Borges o seu cultor genial.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Na década de 1970, um lendário editor italiano, Franco Maria Ricci, encontrou-se em Buenos Aires com o escritor argentino Jorge Luis Borges e propôs-lhe dirigir (seleccionando e prefaciando) uma colecção de literatura fantástica a que, muito à maneira borgeana, daria o nome A Biblioteca de Babel. Curiosamente, ou talvez nem tanto, o primeiro volume foi uma colectânea de sete contos fantásticos do seu “mestre”, o também argentino Leopoldo Lugones (1874-1938), e a que deu o título de um dos contos inclusos, Os Cavalos de Abdera (Vega, 1988). Esse conto faz parte do primeiro livro de Lugones, As Forças Estranhas — originalmente publicado em 1906 e agora, pela primeira vez, traduzido para português na totalidade (três ou quatro contos estavam dispersos por várias antologias de contos hispânicos). Este livro inaugurou um novo género na literatura sul-americana, o conto fantástico, que teve depois em Jorge Luis Borges o seu cultor genial.