Para que quer António Costa uma maioria absoluta?

É ele que conclui sem grande dificuldade que a maioria absoluta não lhe é especialmente útil, porque tudo aquilo que ele ambiciona fazer consegue fazê-lo sem ela.

Em entrevista à TVI, António Costa afirmou que “os portugueses não gostam de maiorias absolutas e têm más memórias das maiorias absolutas, sejam do PSD, sejam do PS.” A afirmação é abusiva. Da última vez que eu olhei para o cartão de cidadão ainda era português, e nada tenho contra maiorias absolutas. Pelo contrário. A primeira maioria absoluta de Cavaco Silva foi fundamental para impulsionar o país na direcção da Europa, e o problema da maioria absoluta de José Sócrates nunca esteve na maioria absoluta – esteve em José Sócrates. Aliás, Sócrates foi provavelmente ainda mais desavergonhado entre 2009 e 2011, quando só tinha maioria relativa, do que entre 2005 e 2009.

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Em entrevista à TVI, António Costa afirmou que “os portugueses não gostam de maiorias absolutas e têm más memórias das maiorias absolutas, sejam do PSD, sejam do PS.” A afirmação é abusiva. Da última vez que eu olhei para o cartão de cidadão ainda era português, e nada tenho contra maiorias absolutas. Pelo contrário. A primeira maioria absoluta de Cavaco Silva foi fundamental para impulsionar o país na direcção da Europa, e o problema da maioria absoluta de José Sócrates nunca esteve na maioria absoluta – esteve em José Sócrates. Aliás, Sócrates foi provavelmente ainda mais desavergonhado entre 2009 e 2011, quando só tinha maioria relativa, do que entre 2005 e 2009.