Boris e bancarrota em Buenos Aires

Se o Reino Unido se colocar numa posição em que dependa da unanimidade na OMC, há-de haver alguém em Buenos Aires que se lembre que a Argentina tem uns certos diferendos a resolver com Londres.

Buenos Aires, Argentina. — O dia em que chego amanhece caótico, as estradas da capital engarrafadas e a regurgitar de manifestações, as televisões em direto com as atualizações do risco-país em exposição permanente nos écrans, os jornais a pôr em títulos “quem pára o dólar?”, os aumentos nas tarifas vão ser divididos em 4% ao mês nos próximos dois meses para não assustar tanto, os representantes do FMI já (ou ainda?) em solo argentino e, à medida que vai anoitecendo, o Presidente da República acabando por anunciar que o país vai proceder a um “reperfilamento” da sua dívida, dando origem a uma longa discussão terminológica sobre se a Argentina já está de novo em bancarrota ou se ainda é preciso esperar mais um bocadinho.

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Buenos Aires, Argentina. — O dia em que chego amanhece caótico, as estradas da capital engarrafadas e a regurgitar de manifestações, as televisões em direto com as atualizações do risco-país em exposição permanente nos écrans, os jornais a pôr em títulos “quem pára o dólar?”, os aumentos nas tarifas vão ser divididos em 4% ao mês nos próximos dois meses para não assustar tanto, os representantes do FMI já (ou ainda?) em solo argentino e, à medida que vai anoitecendo, o Presidente da República acabando por anunciar que o país vai proceder a um “reperfilamento” da sua dívida, dando origem a uma longa discussão terminológica sobre se a Argentina já está de novo em bancarrota ou se ainda é preciso esperar mais um bocadinho.