Fórum Internacional de Gaia: uma aposta portuguesa na sustentabilidade

Com uma programação diversificada e para todo o tipo de públicos, o objectivo deste evento sobre sustentabilidade é promover uma cidadania activa neste âmbito, assim como a própria Língua Portuguesa.

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A poesia é o grande enfoque deste fórum, onde se destaca o poeta Mário Cesariny Ines Fernandes

O Fórum Internacional de Gaia (FIGaia) traz à cidade uma programação de 11 dias dedicada ao ambiente e à Língua Portuguesa. De 11 a 22 de Setembro, serão desenvolvidas 80 acções, desde conferências até debates e espectáculos, passando por outras intervenções culturais. Sendo o tema Colaboração em Português, o festival quer abordar questões sobre a língua e o desenvolvimento sustentável.

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O Fórum Internacional de Gaia (FIGaia) traz à cidade uma programação de 11 dias dedicada ao ambiente e à Língua Portuguesa. De 11 a 22 de Setembro, serão desenvolvidas 80 acções, desde conferências até debates e espectáculos, passando por outras intervenções culturais. Sendo o tema Colaboração em Português, o festival quer abordar questões sobre a língua e o desenvolvimento sustentável.

Uma conferência sobre o prémio Goldman, prémio conhecido como o “Nobel do Ambiente”, abrirá esta terceira edição do FIGaia. A conferência “Goldman Prize – 30 anos a mudar o mundo” vai reunir os seis galardoados do prémio, que representam os cinco continentes e que se distinguiram pelo desenvolvimento de projectos de luta e defesa do ambiente, assim como o director executivo do Prémio Goldman, Michael Sutton.

Para Ana Carvalho, coordenadora do fórum, o objectivo do evento é “convocar uma cidadania activa” pois “todos somos responsáveis” quando se trata de “salvar o planeta”. No que diz respeito à programação, a responsável afirmou, durante a apresentação desta edição do FIGaia, que decorreu nesta quarta-feira, na Casa da Presidência, que há um foco “na questão da colaboração em português, porque é a língua que nos une para podermos contribuir para um mundo melhor”.

Segundo a vereadora da Cultura da Câmara de Gaia, Paula Carvalhal, “a sustentabilidade é um tema do qual não nos podemos alhear”, daí a importância de “envolver a comunidade”.

A publicação de Língua de Sal – Antologia Mínima de 100 Poemas em Língua Portuguesa é um dos enfoques do FIGaia 2019, que contará com vários eventos em diferentes palcos e espaços públicos da cidade, como o Auditório e a Biblioteca Municipal de Gaia. Rui Spranger, responsável pela programação de poesia, revelou que se tentou que esta “tivesse uma componente musical” e que abrangesse “um pouco de todas as áreas em que a poesia é dita”. “Temos aqui uma proposta para todo o tipo de públicos”, declarou.

Na área da música, foi destacada a actuação de Tiganá Santana e Lura, artistas que interpretam sons brasileiros e africanos. Também a década de 1990 é contemplada na programação, com a actuação dos Três Tristes Tigres, que irão rever temas conhecidos como O Mundo a meus pés. Poemas do surrealista Mário Cesariny serão também evocados no campo musical.

O FIGaia aposta ainda no espectáculo Ode Marítima, de Pedro Lamares, com uma leitura integral do poema de Álvaro de Campos, um heterónimo de Fernando Pessoa.

Uma das novidades da iniciativa é o Baile Brega, que vai ter lugar na garagem do auditório municipal, local que será o ponto de encontro entre as várias propostas artísticas.

Entre outros tópicos, Ana Carvalho mencionou “a política forte de encomendas” do fórum, um evento que “convoca os cidadãos a reflectir sobre temas contemporâneos focados no desenvolvimento sustentável”.

O FIGaia tem epicentro na cota alta da cidade de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, depois de nas edições anteriores ter decorrido na beira-rio e no centro histórico. Tendo em conta que as actividades desenvolvidas passam por espaços interiores e exteriores, os preços vão desde os três aos dez euros, sendo a entrada gratuita para as actividades ao ar livre.

Texto editado por Ana Fernandes