Gelson Martins estraga festa de apresentação do FC Porto

Português do Mónaco apontou o único golo no Dragão, mas foi a equipa da casa quem dominou no ensaio geral antes da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões

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Marcano tenta surpreender o guarda-redes do Mónaco LUSA/JOSE COELHO

Não foi o desfecho mais desejado no Estádio do Dragão e tudo por causa de um golo português do ex-sportinguista Gelson Martins. Na apresentação do FC Porto ao seu público – e foram mais de 45 mil a encherem as bancadas -, o Mónaco de Leonardo Jardim acabou por estragar um pouco a festa, com um triunfo por 1-0. Mesmo assim, a equipa portuguesa trabalhou muito, dominou quase por completo e parece ter tudo afinado para atacar a primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, no próximo dia 7 de Agosto, frente ao Krasnodar, na Rússia. Aí sim, será a doer.

Foram 30 os jogadores portistas que foram desfilando pelo relvado do Dragão antes do início do encontro. Os aplausos do público intensificaram-se particularmente com as entradas de Alex Telles e Danilo, que manteve a braçadeira de capitão de equipa, apesar da virulenta desavença que protagonizou com Sérgio Conceição durante a semana. O próprio treinador foi muito aplaudido, sendo evidente que o desejo dos adeptos é que os ânimos estejam serenados.

No desfile seguiu também o jovem médio Romário Baró, formado nas escolas do clube e que herdou, para já, a camisola número 8 que pertencia ao argelino Brahimi. Melhor que isso, acabou por ser titular na equipa e convenceu com pormenores de nível, para além de ter tentado o golo. E ficou muito perto de ter uma estreia de sonho.

Logo aos 12’, após um cruzamento telecomandado do lateral canhoto Alex Telles (ou não fosse esta a sua imagem de marca), quase marcou, falhando o cabeceamento. O primeiro lance perigoso do encontro traduzia o domínio da equipa da casa, que se instalou no meio-campo adversário, pressionando alto quando perdia a bola, com boas combinações atacantes, mas pouca clarividência (e sorte) na hora da finalização.

O Mónaco, até então permissivo e a conceder muitos espaços para a progressão do adversário, deu sinal de vida aos 23’ e logo com um golo. Tudo nasceu de um erro numa saída de bola dos “dragões”, com o experiente defesa central Pepe, a dominar mal a bola e a deixar que esta fosse interceptada quando a tentava passar. Boschilia ganhou o lance e lançou o veloz Gelson. O português passou entre Marcano e Telles rematando para o fundo das redes defendidas por Vaná.

Fazendo muito pouco, o Mónaco colocou-se em vantagem e até esteve perto de a dilatar no instante seguinte (25’), valendo desta feita o guarda-redes portista, a travar um remate de Golovin.

Um intervalo entre a intensa pressão portista, que teve a sua melhor oportunidade (apenas a segunda em todo o primeiro tempo) quando Pepe tentou emendar a falha anterior, mas cabeceou ao lado.

No segundo tempo, mais uma vez Baró deu nas vistas, agora com um remate perigoso à entrada da área para defesa de Lecomte. O lance trouxe-lhe aplausos das bancadas, a confirmarem a sua boa exibição. Foi um dos melhores em campo da equipa da casa.

Pouco depois o jovem saiu na habitual ronda de substituições. A lógica da partida não mudou, mas o FC Porto parecia esmorecer um pouco, quando Corona foi empurrado à entrada da área do Mónaco, aos 62’, com o árbitro Artur Soares Dias a apontar para a marca de grande penalidade apesar dos protestos monegascos.

Mas nem assim. Chamado à responsabilidade, Alex Telles permitiu mais uma defesa de Lecomte. Nos instantes finais, e já com mais mexidas, o FC Porto voltou mais consistentemente à carga e o golo rondou a baliza monegasca em várias ocasiões. O marcador não mudou, mas a prestação da equipa não deixou de agradar nesta fase final da pré-temporada.

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