PSOE e Podemos vão formar “governo de cooperação”

Nem os socialistas sozinhos com apoio parlamentar, nem uma coligação, Pedro Sánchez e Pablo Iglesias acordaram iniciar os contactos para uma fórmula nova de governar em Espanha.

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O cumprimento entre Pedro Sánchez e Pablo Iglesias antes do encontro desta terça-feira ZIPI/EPA

Pedro Sánchez, primeiro-ministro em funções, recebeu esta terça-feira o líder do Unidas-Podemos, Pablo Iglesias, a quem informou da sua disponibilidade para iniciar os contactos com vista à formação de um “governo de cooperação” para a próxima legislatura.

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Pedro Sánchez, primeiro-ministro em funções, recebeu esta terça-feira o líder do Unidas-Podemos, Pablo Iglesias, a quem informou da sua disponibilidade para iniciar os contactos com vista à formação de um “governo de cooperação” para a próxima legislatura.

O líder do PSOE, partido que venceu as eleições legislativas em Espanha com 28,68%, pretende criar uma nova fórmula de governação com a formação de Iglesias, que ficou em quarto lugar com 14,31%.

Os moldes do governo ainda não são conhecidos, mas Iglesias, a quem coube a tarefa de dar a notícia à imprensa depois do encontro, voltou a insistir que o seu partido quer ter lugares no executivo, numa distribuição de lugares proporcional aos 42 deputados que obteve nas eleições gerais de 28 de Abril, um pouco mais de um terço dos conquistados pelo PSOE: 123.

“Propuseram-nos começar a trabalhar num governo. Um governo conjunto, de cooperação, de coligação, isso é o de menos. O importante são os conteúdos, construir um governo plural para enfrentar os grandes desafios deste país”, disse Pablo Iglesias.

“Para nós, um governo conjunto é um governo conjunto, seja qual for o nome se lhe dê”, acrescentou o líder do Podemos.

O primeiro-ministro mostrou-se “satisfeito” depois do encontro com Iglesias, escrevendo no Twitter que “há vontade de acordo na esquerda. Trabalharemos para lograr um governo progressistas o quanto antes. Um governo de cooperação, plural, aberto e integrador, para cumprir o mandato da maioria social do nosso país”.