Peço desculpa por aquilo que fiz de propósito

António Costa não chegou ontem ao Governo. Está lá há quase quatro anos. As cativações foram a estratégia que ele adoptou desde o dia um. Às tantas, depois de ter feito o mal, poupava-nos ao menos à caramunha.

Tenho cá em casa um filho que é igual. Pede educadamente desculpa pelas asneiras que acabou de fazer, e continua a fazer as mesmas asneiras pedindo educadamente desculpa. Eu já lhe disse para parar de pedir desculpas, porque a palavra pressupõe um desejo de emenda. O pressuposto moral é: “Desculpa, fiz isto, percebi que estava errado, não volto a fazer.” Mas esse meu filho é muito parecido com o Governo de António Costa: as desculpas são meramente estratégicas, uma forma de aliviar a pressão do momento. Amanhã, volta a fazer o mesmo, sem qualquer problema.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Tenho cá em casa um filho que é igual. Pede educadamente desculpa pelas asneiras que acabou de fazer, e continua a fazer as mesmas asneiras pedindo educadamente desculpa. Eu já lhe disse para parar de pedir desculpas, porque a palavra pressupõe um desejo de emenda. O pressuposto moral é: “Desculpa, fiz isto, percebi que estava errado, não volto a fazer.” Mas esse meu filho é muito parecido com o Governo de António Costa: as desculpas são meramente estratégicas, uma forma de aliviar a pressão do momento. Amanhã, volta a fazer o mesmo, sem qualquer problema.