A crise é da direita ou a crise é do regime?

Diria que um dos mais graves aspectos desta crise é a ausência de qualquer estratégia visível para o país, além da sobrevivência política a curto prazo.

Algumas das mais elevadas figuras da nação decidiram dedicar-se nos últimos dias a analisar o regime português. O presidente da República afirmou na sexta-feira que “há uma forte possibilidade de haver uma crise na direita portuguesa nos próximos anos”. O líder do PSD declarou no sábado que “a crise não está só à direita, a crise está no regime como um todo”. O ministro das Finanças afiançou no domingo que não há qualquer crise no regime e que o importante é “reduzir a incerteza política”. Em que é que ficamos, afinal? Há crise ou não há crise? É da direita ou é de todo o regime? A minha tese é esta: Marcelo, Rui Rio e Mário Centeno, ainda que com palavras muito diferentes, estão todos a dizer o mesmo. Sim, o país está numa encruzilhada perigosa. E sim, há quase tantas dúvidas como dívidas.

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