Governo acredita que “impactos no aeroporto do Montijo são possíveis de mitigar”

Ministro das Infra-estruturas diz que Portugal já “perdeu muito tempo, dinheiro, turistas e voos” com as indecisões sobre o aeroporto de Lisboa

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Nuno Ferreira Santos

O ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, diz que Portugal já está “a perder muito tempo, dinheiro, turistas e voos” com o facto de ainda não se ter reforçado a capacidade aeroportuária da região de Lisboa, mas acredita que o resultado da Avaliação de Impacto Ambiental que a Agência Portuguesa do Ambiente está a fazer ao projecto apresentado pela ANA permitirá avançar com o investimento.

Numa visita às obras de ampliação que estão a decorrer no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, Pedro Nuno Santos recordou que a APA é uma entidade “autónoma, independente e responsável” e que será ela quem emitira uma Declaração de Impacto Ambiental favorável, ou não, ao avanço de um terminal complementar no Montijo. “Não é verdade que o governo tenciona avançar de qualquer maneira, independentemente dessa declaração. A lei não o permite”, recordou o ministro das Infra-estruturas. “Não sei qual vai ser a declaração da APA, nem tenho de saber. Mas nós temos a expectativa que o investimento vai avançar, e continuamos a trabalhar nessa solução, porque acreditamos que o Estudo de Impacto Ambiental não vai encontrar impactos suficientemente fortes que nos proíbam de avançar com o investimento”, afirmou o ministro. O governo “não tem ilusões”, e está consciente de que há impactos. “Mas será com certeza encontrado um equilíbrio, e poderão avançar as necessárias medidas mitigadoras para diminuir esses impactos”, assegurou.

O Ministro das Infra-estruturas quis ainda lembrar que a localização Montijo foi defendida pelo Governo anterior, e continuada pelo actual. “E se o recordo não é para trazer mais ninguém para a responsabilização. Mas sim porque é preciso, de uma vez por todas, que Portugal não se esteja permanentemente no pára-arranca. Há decisões que foram tomadas e que tem obrigação de serem continuadas”, avisou Pedro Nuno Santos.

O Governo não acredita que a avaliação ambiental seja negativa, mas, no caso de tal vir a acontecer, serão então pensadas outras soluções. “Não haja dúvidas de que Portugal não pode ficar sem aeroporto. Mas será sempre muito piores em termos de prazo e de custos do que a solução a que chegamos”, afirmou o ministro.

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