Cristas acusa Governo de ser errático e "de falhar" no combate às alterações climáticas

A líder do CDS aponta o dedo às políticas do Governo, nomeadamente na área da energia.

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LUSA/Paulo Cunha

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou esta sexta-feira o Governo de ser "errático" relativamente às alterações climáticas e de falhar "em vários domínios", nomeadamente quanto à eficiência energética ou no uso da água.

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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou esta sexta-feira o Governo de ser "errático" relativamente às alterações climáticas e de falhar "em vários domínios", nomeadamente quanto à eficiência energética ou no uso da água.

"Todos nós concordamos que é necessário fazer um trabalho, intensificar um trabalho de descarbonização da nossa economia, que passa, por exemplo, por electrificar a energia - é o que se passa nomeadamente com os carros eléctricos - e a verdade é que hoje as pessoas estão mais conscientes do que estavam há uns anos, de um caminho que é preciso fazer em vários domínios, mas mais uma vez é preciso fazer com medidas certas", disse a líder do CDS.

Assunção Cristas salientou que "o Governo, também aqui, é errático nas suas várias formas, de um lado apoia de uma maneira, mas do outro lado acaba por desapoiar".

Cristas visitou hoje a oitava Semana da Protecção Civil, que decorre num centro comercial de Cascais sob o tema das alterações climáticas.

"Quando falamos em carros eléctricos, ou quando falamos, por exemplo, em vários aspectos relacionados com mais eficiência energética, mais eficiência no uso da água, percebemos que o Governo está a falhar em muitos domínios", salientou.

A líder do CDS-PP apontou que "a Península Ibérica é a zona do globo mais exposta às alterações climáticas e mais exposta à secura do clima", e vincou que "este Governo falha muito quando não olha para a questão da água como um tema central para o nosso país, nomeadamente preparando investimentos para nos adaptarmos a um clima cada vez mais quente e cada vez mais seco".

Na opinião da democrata-cristã, Portugal tem de se preparar para o facto de inundações, eventos extremos ou desertificação do território passarem a ser uma realidade.

"Porque nós olhamos normalmente para os incêndios, que também muitas vezes são motivados por uma secura cada vez maior do clima, mas as alterações climáticas também nos remetem, estamos num município à beira-mar, para outras dimensões, nomeadamente para o avanço das águas do mar, para inundações, uma série de situações que nós temos de preparar bem", defendeu.