Plataforma online guarda contributos da população sobre espécies do Alto Minho

O Bioregisto já tem, neste momento, mais de quatro dezenas de contribuições efectuadas por cidadãos.

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Paulo Pimenta

Uma plataforma online criada no portal do Centro de Monitorização de Interpretação Ambiental (CMIA) de Viana do Castelo está a reunir os contributos fotográficos da população sobre a biodiversidade do Alto Minho, informou nesta segunda-feira a Câmara local.

O Bioregisto, explicou a Câmara Municipal, parceira no projecto ambiental, "regista, neste momento, mais de quatro dezenas de contribuições efectuadas por cidadãos dos concelhos de Viana do Castelo, Braga, Ponte de Lima, Felgueiras e Fafe".

Aquela ferramenta para registo de observações da biodiversidade tem "um objectivo científico, mas é destinada a todos os públicos, permitindo a identificação de espécies de todo o distrito de Viana do Castelo".

Na nota enviada nesta segunda-feira, o município adiantou que "depois de enviar o registo fotográfico, o autor do mesmo tem acesso a um resumo sobre a espécie fotografada, recebendo ainda informações sobre a sua Origem, o Reino, Classe, Ordem, Família, Género, Espécie, entre outros dados, como o Nome Vulgar".

Entre as 40 contribuições já registadas naquela plataforma encontram-se exemplares da genciana-das-turfeiras, perpétua-das-areias, cinzentinha, azulinha, borboleta do nabo, bela dama americana, gafanhoto de asas azuis, gaiteiro negro, estrela-do-mar espinhosa, entre outros.

"O objectivo desta plataforma é promover a divulgação do património biológico da região, mas também zelar pela sua conservação, através do conhecimento", sustentou a autarquia da capital do Alto Minho

Naquele serviço, "estão disponíveis informações sobre espécies de plantas, insectos, répteis, aves, mamíferos e invertebrados marinhos, entre outros e, por exemplo, o texugo, o sardão, a rola-do-mar e a rã-ibérica".

No Bioregisto, "o utilizador encontra um conjunto de características de cada espécie - se são nativas ou não desta região, se estão classificadas com estatuto de conservação, segundo as normas portuguesas e segundo as normas da IUCN (Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), assim como o histórico de todos os cidadãos que contribuíram para estes registos".

O CMIA de Viana do Castelo foi inaugurado a 21 de Junho de 2007, nas Antigas Azenhas de D. Prior (moinho de maré de Viana do Castelo), no âmbito do Programa Polis.