Juízes Rui Rangel e Fátima Galante alvo de processos disciplinares

A Operação Lex investiga suspeitas de corrupção/recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal.

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Fátima Galante, acompanhada pelo seu advogado e pelo juiz desembargador Rui Rangel, à chegada para a sua audição no Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito da Operação Lex, a 8 de fevereiro de 2018 ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) instaurou processos disciplinares aos juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante, visados no processo Operação Lex, segundo fonte oficial.

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O Conselho Superior da Magistratura (CSM) instaurou processos disciplinares aos juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante, visados no processo Operação Lex, segundo fonte oficial.

Em resposta à agência Lusa, o CSM explica que o inquérito disciplinar que decorria neste órgão em relação aos juízes Fátima Galante e Rui Rangel foi convertido em processo disciplinar a 1 de Outubro, por despacho do vice-presidente do CSM, Mário Belo Morgado.

Adianta ainda o CSM que o processo disciplinar tem, por força da lei, natureza reservada.

A Operação Lex investiga suspeitas de corrupção/recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal.

Os juízes desembargadores Fátima Galante e Rui Rangel são dois dos 13 arguidos neste caso, que envolve, entre outros, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares, e ainda João Rodrigues, advogado e ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

Na sequência deste processo, os juízes desembargadores, foram suspensos de funções e proibidos de contactar com um grupo de pessoas daquele processo.

A Operação Lex teve origem numa certidão extraída da Operação Rota do Atlântico e foi desencadeada a 30 de Janeiro.

O Estádio da Luz, as casas do presidente do Benfica Luís Filipe Vieira e dos dois juízes e três escritórios de advogados foram alguns dos alvos das buscas.