Tribunal rejeita liberdade condicional a investigadora Maria de Lurdes Lopes Rodrigues

A investigadora, com formação na área do cinema, foi condenada em 2000 e a sentença transitou em julgado em 2012 após uma batalha judicial.

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PEDRO VELEZ

O pedido de liberdade condicional da investigadora Maria de Lurdes Lopes Rodrigues, presa por crimes de difamação e injúrias a magistrados, foi rejeitado pelo Tribunal da Relação de Lisboa.

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O pedido de liberdade condicional da investigadora Maria de Lurdes Lopes Rodrigues, presa por crimes de difamação e injúrias a magistrados, foi rejeitado pelo Tribunal da Relação de Lisboa.

Fonte ligada ao processo explicou à agência Lusa que os juízes do tribunal superior julgaram improcedentes os fundamentos do recurso que pedia a concessão da liberdade condicional à investigadora, negada pelo Tribunal de Execução de Penas.

Maria de Lurdes Lopes Rodrigues está a cumprir, na cadeia de Tires, uma pena de três anos de prisão por "difamação e injúria contra juízes e magistrados dados como ocorridos, em instalações do Estado português, o que foi qualificado como perturbação de órgão constitucional e ofensa agravada a pessoa colectiva".

Entre os magistrados considerados injuriados estão, segundo várias notícias, o ex-procurador geral da República Pinto Monteiro, a procuradora Maria José Morgado e o antigo director da PJ Almeida Rodrigues.

Maria de Lurdes Rodrigues, com formação na área do cinema, foi condenada em 2000 e a sentença transitou em julgado em 2012 após uma batalha judicial.

O processo administrativo teve início em 1996, quando Maria de Lurdes contestou a perda de uma bolsa de estudo em Cinema — quando Manuel Maria Carrilho era ministro da Cultura. Quando o Supremo Tribunal Administrativo não lhe deu razão, a bolseira acusou um juiz de corrupção.