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Arrancou o Vodafone Paredes de Coura, venha a música porque há gente à espera
É assim que todas as tardes de arranque de Paredes de Coura começam, a festejar. É a festa da vila, cheia de gente à espera de quatro dias cheios de música num anfiteatro feito de relva, com palco montado mesmo à frente de uma área que se vai encher de vida. Vai ser assim até sábado.
É esta a festa principal deste paraíso entre montes no mês de Agosto, decretado de forma tácita por quem aqui se desloca, um número elevado todos os anos - são cerca de 100 mil entradas por edição. Esta é a 26ª.
Milhares de pessoas já estavam acampadas há uns dias nas margens do rio Coura, que banha a praia fluvial do Taboão. A vila tem quase menos de metade da população. No primeiro dia estão dezenas de milhares.
Começamos este texto tempos antes de entrar a primeira banda no palco principal. É o espaço temporal perfeito para que a água do rio sirva para equilibrar o termóstato de quem espera não aguentar a temperatura temperada pelo som dos grupos que vão passar pelos palcos.
No primeiro dia estão escalonados no alinhamento os King Gizzard & The Lizard Wizard, que regressam desde a última passagem em 2016, os promissores The Blaze, a incógnita Marlon Williams, os portugueses Grandfathers’s House e Linda Martini. Amanhã contamos como foi.
É lá, numa das zonas em que o Coura estreita, que estão aqueles que mais tarde estarão a aplaudir os movimentos cénicos e sónicos dos artistas do cartaz ou a mostrarem o desagrado por actuações menos conseguidas. A bem de todos, esperemos que a segunda não se concretize. Porém, que entediante seria um mundo consensual. Vive a música ao vivo também dessa imprevisibilidade. A tarde foi passada entre banhos e passeios junto à praia fluvial do Taboão. Venha a música que há gente à espera.
Entretanto entram em palco os portugueses Grandfather’s House que abrem portas para Marlon Williams.
Texto: André Vieira