Com o VAR, já tivemos de tudo

Depois de não ter sido utilizado numa decisão que anularia o golo da Espanha, o VAR já marcou dois penáltis.

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Arbitragem do Perú-Dinamara teve recurso ao VAR Reuters/RICARDO MORAES

O videoárbitro foi introduzido pela primeira vez num Mundial nesta edição de 2018, na Rússia, e até ao momento já se assistiu a boas e más decisões. Foi no terceiro dia deste Mundial 2018 que vimos o VAR a reverter pela primeira vez decisões tomadas pelo árbitro principal e ambas foram em situação de penálti. Aconteceu no França-Austrália, permitindo que os franceses marcassem o golo que deu início à vitória dos gauleses, e no Peru-Dinamarca, ocasião que acabou por ser desperdiçada. Ao contrário destas duas partidas, no Portugal-Espanha o videoárbitro não entrou "em jogo" e o árbitro falhou.

Minuto 54 do França-Austrália. Pogba corria pelo meio-campo australiano e passou para Antoine Griezmann, que conseguiu ser mais rápido que Joshua Ridson a receber o passe no interior da área. Mas na tentativa de cortar a bola, o lateral direito australiano tocou na perna do avançado francês, que caiu. O árbitro Andrés Cunha deixou o jogo seguir mas Mauro Vigliano, o VAR de serviço, teve um julgamento diferente e marcou penálti. Giezmann não desperdiçou e a França fez o primeiro do jogo.

Perto do final da primeira parte do Peru-Dinamarca, quando tentava concluir uma finta, o peruano Christian Cueva cai na área depois de Yussuf Poulsen arrastar o pé do médio. O árbitro Bakary Gassama não marcou grande penalidade, mas o VAR, Felix Zwayer, inverteu a decisão. O próprio Cueva bateu o penálti, que foi para as bancadas.

Mas há alturas em que parece que o VAR deve intervir, mas não o faz, como foi o caso no cabeça-de-cartaz desta sexta-feira, o Portugal-Espanha. Depois de ver Portugal adiantar-se no marcador, por via do penálti convertido por Cristiano Ronaldo, Diego Costa empatou a partida para a "roja". Mas durante a jogada, o ponta-de-lança da Espanha deu uma cotovelada no pescoço de Pepe, a meio de uma disputa de bola com o central português. Gianluca Rocchi, árbitro principal, deixou seguir, e a decisão não foi invertida pelo videoárbitro.

Rocchi não visionou o VAR, e os assistentes deste disseram-lhe que não havia nada de irregular com o lance, referiu este sábado a FIFA à AFP.

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