Iulia Skripal teve alta hospitalar

De acordo com o hospital de Salisbury, o antigo espião russo está a "melhorar rapidamente" e deve ter alta em breve.

Fotogaleria

Iulia Skripal, 33 anos, filha do ex-espião russo Serguei Skripal, envenenada com o agente neurotóxico Novichok recebeu alta hospitalar esta segunda-feira e foi levada para um local seguro. O pai, 66 anos, continua no hospital, mas o seu estado de saúde está “a melhorar rapidamente e fora de estado crítico”, de acordo com Christine Blanshard, vice-directora executiva do Hospital de Salisbury onde pai e filha estavam a ser tratados.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Iulia Skripal, 33 anos, filha do ex-espião russo Serguei Skripal, envenenada com o agente neurotóxico Novichok recebeu alta hospitalar esta segunda-feira e foi levada para um local seguro. O pai, 66 anos, continua no hospital, mas o seu estado de saúde está “a melhorar rapidamente e fora de estado crítico”, de acordo com Christine Blanshard, vice-directora executiva do Hospital de Salisbury onde pai e filha estavam a ser tratados.

“Iulia pediu privacidade e gostaria de reiterar o seu pedido", disse Blanshard, citada pela Euronews. A filha de Skripal já tinha emitido um comunicado no início deste mês de Abril, através da polícia britânica, onde afirmava que a sua força "aumenta diariamente".

De acordo com os meios de comunicação britânicos, Serguei Skripal também já está consciente e a falar. O antigo espião russo está a “progredir bem” e pode ter alta “em breve”, escreve a Euronews. “Embora esteja a recuperar mais lentamente, esperamos que consiga sair do hospital em breve”, disse a vice-directora executiva.

Lembra o Guardian que o testemunho da família vai ser extremamente importante para perceber a credibilidade da acusação do governo britânico, que diz que é “altamente provável” que o Estado russo os tenha envenenado com o agente nervoso. Pai e filha foram internados a 4 de Março, depois de terem sido encontrados inconscientes num parque público no centro de Salisbury, por terem sido expostos a um agente químico. O Governo britânico culpou a Rússia pelo ataque e Moscovo defendeu-se, acusando os britânicos de inventar uma “história falsa”.

As relações diplomáticas entre a Rússia e os Estados ocidentais deterioraram-se desde o ataque. O Reino Unido expulsou diplomatas russos e a Rússia respondeu na mesma moeda, expulsando diplomatas britânicos. Em solidariedade com o Reino Unido, 20 Estados ocidentais seguiram-lhe o exemplo e expulsaram diplomatas russos do seu território.

De acordo com a investigação em curso, pai e filha entraram em contacto com a substância química quando tocaram na maçaneta da porta da casa onde os dois moravam. 

Os agentes nervosos como o sarin e o Novichok evitam que os nervos funcionem normalmente, explicou o correspondente de saúde e ciência da BBC, James Gallagher. Não é garantido que quem entra em contacto com esta substância – uma série de químicos, todos com composições ligeiramente diferentes e altamente tóxicos –, consiga recuperar, mas também não é surpreendente: a substância pode ser metabolizada e excretada pelo corpo. A dificuldade dos médicos é manter os pacientes vivos durante o tempo necessário.