Mais sete casos de sarampo confirmados. Surto já atingiu 97 pessoas

Segundo o relatório da Direcção-Geral da Saúde desta quinta-feira há duas pessoas internadas em situação estável. Os infectados estão na sua maioria curados.

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Rui Farinha

O número de casos confirmados de sarampo voltou a subir. São agora 97, segundo o comunicado da Direcção-Geral da Saúde (DGS) emitido esta quinta-feira, mais sete que os confirmados no dia anterior. A quase totalidade dos doentes já está curada e apenas duas pessoas estão internadas, mas em situação estável.

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O número de casos confirmados de sarampo voltou a subir. São agora 97, segundo o comunicado da Direcção-Geral da Saúde (DGS) emitido esta quinta-feira, mais sete que os confirmados no dia anterior. A quase totalidade dos doentes já está curada e apenas duas pessoas estão internadas, mas em situação estável.

Segundo o comunicado quatro das situações agora confirmadas laboratorialmente dizem respeito a pessoas já curadas. Existem ainda 20 casos em investigação.

O primeiro caso confirmado por início de sintomas é de 11 de Fevereiro, mas foi a partir de 8 de Março que ocorrem a maioria das infecções, que estão quase todas ligadas ao Hospital de Santo António, no Porto. Há outros 214 casos que são negativos, por não se ter confirmado a presença do vírus.

Todos adultos

Até ao momento, todos os casos confirmados são em adultos (77 das situações são em pessoas entre os 20 e os 34 anos), dos quais 79 são profissionais de saúde. Há 24 doentes que não tinham vacina ou não tinham as duas doses recomendadas.

"Em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso", adianta a DGS no comunicado. Na passada terça-feira, numa audição pública que se realizou no Parlamento, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que este é um surto diferente dos do passado e afirmou que não existe, por enquanto, evidência científica que recomende um reforço da vacina.

O sarampo é transmitido por contacto directo com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infectada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

Os sintomas aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infectada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

A Direcção-Geral da Saúde recomenda que a população verifique se tem as vacinas em dias (o esquema recomendado são duas doses) e que faça a vacinação se não for esse o caso. E em caso de suspeita de sintomas que se contacte o SNS 24 através do número 808 24 24 24.