Neste museu americano podes (e deves) fazer “selfies”

Espaços interactivos incentivam às selfies
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Espaços interactivos incentivam às selfies

A arte de tirar uma selfie tem que se lhe diga: boa iluminação, um fundo agradável e um sorriso rasgado. Estima-se que todos os dias são publicadas nas redes sociais mais de um milhão destas fotografias, mas já em 2013 a popularidade era tanta que selfie foi considerada a palavra do ano pelos dicionários Oxford. Mas como é que este fenómeno de nos fotografarmos a nós próprios veio substituir as fotografias tradicionais? A evolução deste registo fotográfico — que não é tão recente como possa aparentar — pode ser explorada no Museu das Selfies, inaugurado a 1 de Abril na cidade de Glendale, no estado da Califórnia, nos EUA. Mas não por muito tempo: o espaço estará aberto apenas até ao final do mês de Maio, o que tem levado a uma alta procura de bilhetes.  

 

Mais de 40 mil anos de história de auto-retratos e selfies são analisados sob diversos prismas, da arte à história, passando pela tecnologia e cultura. Os espaços interactivos incentivam os visitantes a tirarem as suas próprias selfies, que como o museu faz questão de salientar serão "bem fixes". O site oficial promete "partilhar a história e meandros escondidos" da evolução deste fenómeno cultural que assumiu, nos últimos anos, um peso enorme nas interacções virtuais.

 

O espaço, localizado num subúrbio de Los Angeles, conta com 15 salas. Nelas encontram-se auto-retratos icónicos, como o de Vincent Van Gogh, mas também obras de Miguel Ângelo e Leonardo da Vinci modificadas para que as pessoas retratadas segurem nas suas mãos um smartphone: como se estivessem em preparação para uma selfie.

 

A ideia partiu de Tommy Honton e Tair Mamedov, designers de videojogos da Califórnia. Depois de visitarem o Museu do Louvre, em Paris, onde passaram mais tempo a tirar selfies com a Mona Lisa do que a fotografar directamente a obra, os dois jovens decidiram montar um museu para celebrar este registo fotográfico. Com sucesso, pelo que parece: nesta primeira semana de funcionamento, o local tem sido alvo de atenção de inúmeros órgãos de comunicação internacionais. 

 

Se conheces alguém que não consegue parar de tirar selfies, talvez uma visita a este museu — e a viagem até aos Estados Unidos — seja uma agradável surpresa. Se tal não for possível, as novidades podem sempre ser acompanhadas nas páginas oficiais de Instagram e Facebook do museu.

Obras clássicas com smartphones em riste
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O museu tem 15 salas
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Maior selfie-stick do mundo com 27 metros de comprimento
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