O hip hop de Havoc, o rock'n'roll dos Black Lips, a estreia de Bateu Matou

Entre terça-feira e sábado, o Jameson Urban Routes será palco de sons vindos dos mais diversos quadrantes do panorama musical

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Havoc, co-fundador dos históricos Mobb Deep, inaugurará esta terça-feira o 11º Jameson Urban Routes DR

O décimo primeiro Jameson Urban Routes decorre ao longo de cinco dias. Curtos cinco dias, esses que vão de terça-feira a sábado, mas preenchidíssimos. O dia de abertura será inteiramente dedicado a um nome de primeira grandeza, Havoc, metade do duo Mobb Deep, o histórico grupo hip hop nova-iorquino que sofreu uma tragédia fatal em Junho, com a morte do co-fundador Prodigy. A partir daí, os concertos irão suceder-se a ritmo elevado, com sons vindos dos mais diversos quadrantes do panorama musical.

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O décimo primeiro Jameson Urban Routes decorre ao longo de cinco dias. Curtos cinco dias, esses que vão de terça-feira a sábado, mas preenchidíssimos. O dia de abertura será inteiramente dedicado a um nome de primeira grandeza, Havoc, metade do duo Mobb Deep, o histórico grupo hip hop nova-iorquino que sofreu uma tragédia fatal em Junho, com a morte do co-fundador Prodigy. A partir daí, os concertos irão suceder-se a ritmo elevado, com sons vindos dos mais diversos quadrantes do panorama musical.

Quarta-feira, um turbilhão rock e free jazz, com novo encontro entre os barcelenses Black Bombaim e a lenda do jazz europeu Peter Brötzmann, e, depois, novo turbilhão, este o de Scúru Fitchadu, verdadeira revelação pela forma como combina o funaná com punk e distorção, como dá corpo, com voz feroz, a visões atormentadas. Será deles a primeira sessão do dia, entre as 21h30 e as 24h. Seguem-se, no mesmo dia, a partir das 0h30, o DJ britânico Lone e a portuguesa Caroline Lethô e, como protagonista da última sessão da noite, a partir das 3h, Solution, ou seja, o DJ Tiago Carneiro – tal como acontecerá nos restantes dias, haverá um passe diário à venda (entre os 20€ e os 27€), bem como bilhetes individuais para cada uma das sessões (entre os 10€e os 20€).

Quinta-feira, o dia em que actuam os Laid Back e Captain Casablanca, teremos oportunidade de reencontrar os You Can’t Win Charlie Brown, com as suas harmonias vocais imaculadas e composições intrincadas, numa sessão partilhada com a pop luminosa do trio paulista O Terno. Depois dos Laid Back, às 3h, chegará Xinobi, bem acompanhado por Da Chick.

O dia seguinte será de celebração para quem carrega o rock’n’roll vida fora. É o dia do regresso a Portugal dos Black Lips, os admiráveis espalha-brasas de Atlanta, muito bem acompanhados pelos Stone Dead, banda de Alcobaça que assinou este ano um magnífico álbum de estreia, Good Boys. A seguir ao rock’n’roll será tempo de ver dub e dubstep em convívio frutuoso, através de Sherwood & Pinch, ou seja, Adrian Sherwood e Rob Ellis, seguidos madrugada fora pelo set de Gusta-vo (Gustavo Pereira, metade da dupla Freshkitos).

O Jameson Urban Routes encerra no sábado com uma estreia absoluta, a dos Bateu Matou, novíssimo grupo que reúne Joaquim Albergaria (PAUS), Ivo Costa (Batida, Sara Tavares) e Riot (Buraka Som Sistema) e que se propõe ser fonte inesgotável de ritmos misturados, reenquadrados, globalizados. Actuam na mesma sessão em que encontramos Nigga Fox. O última dia arranca com o synth pop de Austra (a canadiana Katie Stelmanis, em estreia portuguesa), com a leiriense Surma, cujo primeiro álbum, Antwerpen, tem sido recebido de forma entusiástica, e com Ela Minus, alter-ego da colombiana Gabriela Jimeno. Da despedida estará encarregado Tapes, obra do DJ britânico Jackson Bailey, homem que se arma de nada mais que dois leitores de cassetes para criar uma festa devidamente psicadélica.