Trump critica McCain após novo bloqueio ao fim do Obamacare

Senador do Arizona voltou a impedir o fim do programa de acesso a seguros de saúde. Trump disse que falta coragem aos republicanos do Congresso para cumprir as promessas eleitorais.

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O senador republicano John McCain anunciou na sexta-feira a sua intenção de votar contra a revogação do Obamacare Reuters/Brian Snyder

O Presidente dos EUA criticou o republicanoJohn McCain após um novo bloqueio ao fim do Obamacare – uma das principais promessas eleitorais de Donald Trump. O senador do Arizona anunciou na sexta-feira que não apoia o mais recente esforço legislativo dos republicanos para revogar o diploma de acesso a seguros de saúde aprovado na era Obama. McCain garantiu que não poderia votar “em boa consciência” pela revogação, algo que Trump qualificou como “inesperado” e uma "desilusão" para o Arizona e para um dos senadores que assina a proposta, Lindsey Graham.

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O Presidente dos EUA criticou o republicanoJohn McCain após um novo bloqueio ao fim do Obamacare – uma das principais promessas eleitorais de Donald Trump. O senador do Arizona anunciou na sexta-feira que não apoia o mais recente esforço legislativo dos republicanos para revogar o diploma de acesso a seguros de saúde aprovado na era Obama. McCain garantiu que não poderia votar “em boa consciência” pela revogação, algo que Trump qualificou como “inesperado” e uma "desilusão" para o Arizona e para um dos senadores que assina a proposta, Lindsey Graham.

Ao justificar a sua oposição, McCain declarou que “juntos, republicanos e democratas, conseguem fazer melhor” na procura de uma alternativa ao Obamacare. Que, disse, acabará por ser revogado, mais cedo ou mais tarde.

Já no final de Julho, o voto de McCain tinha sido decisivo para travar outra proposta do Partido Republicano, dias depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro no cérebro.

Num comício no estado norte-americano do Alabama, na sexta-feira, Trump disse ter tido uma lista com os nomes de dez senadores republicanos que se opunham à revogação, e que teria de persuadir para garantir a aprovação da nova iniciativa. "John McCain não estava na lista, pelo que isto foi algo inesperado. Francamente terrível", disse o Presidente perante milhares de apoiantes, numa iniciativa de apoio ao senador Luther Strange, que na próxima terça-feira vai a votos contra o ex-juiz Roy Moore nas primárias republicanas daquele estado.

Mais tarde, no Twitter, Trump escreveu que o senador “nunca teve qualquer intenção de votar” a favor da proposta, mas que o senador republicano tinha desiludido o estado do Arizona depois de ter feito campanha pela revogação e substituição do Obamacare.

O Presidente acusou ainda McCain de ter desiludido o "amigo" Graham. O senador, que de facto mantém uma relação próxima como McCain, assegurou entretanto no Twitter que a sua amizade com o antigo candidato presidencial não é determinada pelos seus voto, mas sim no “respeito pela vida que levou e pela pessoa que é”.

Os republicanos precisavam de 50 votos em 100 no Senado, onde os republicanos ocupam 52 lugares. Apesar de muitos senadores republicanos ainda não terem revelado o seu sentido de voto (ao contrário dos democratas, que já anunciaram a oposição unânime à nova lei), sabe-se já que há três opositores do diploma no partido de Trump: McCain, o libertário Rand Paul, do estado do Kentucky, e ainda Susan Collins, do Maine, que disse também estar inclinada a votar contra. No Alabama, Trump disse que “falta coragem” aos opositores republicanos das iniciativas pela revogação do Obamacare.

A proposta apresentada esta semana tinha sido considerada pelo vice-presidente norte-americano Mike Pence como "a última melhor hipótese" de cumprir a promessa eleitoral de Trump.

As várias propostas republicanas de revogação do Obamacare teriam como consequência a perda de seguro de saúde para 22 a 32 milhões de pessoas durante os próximos dez anos, segundo calculou o organismo de controlo orçamental do Congresso. Estes números são uma das razões apontadas por McCain para votar contra a proposta debatida em Julho, por considerar que não poderoa apoiar uma lei sem saber quanto iria custar ou quantas pessoas iria prejudicar.