Coreia do Norte ameaça retaliar após novas sanções

Pyongyang fala em "violenta violação de soberania", visa directamente os EUA e anuncia que prosseguirá o desenvolvimento do programa de armamento nuclear.

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Kim Jong-un a dirigir um teste de míssil KCNA/REUTERS

O regime norte-coreano considera a aprovação de um novo pacote de sanções pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas uma “violenta violação de soberania”, indicou esta segunda-feira a agência noticiosa de Pyongyang KCNA.

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O regime norte-coreano considera a aprovação de um novo pacote de sanções pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas uma “violenta violação de soberania”, indicou esta segunda-feira a agência noticiosa de Pyongyang KCNA.

As sanções, que foram propostas pelos Estados Unidos, visam reduzir em um terço as exportações norte-coreanas, que são na sua maioria absorvidas pela China. Pequim votou o pacote favoravelmente em reacção aos dois recentes ensaios balísticos norte-coreanos, que colocam agora a maioria do território dos EUA sob o alcance do arsenal do regime de Kim Jong-un. No entanto, Pequim salientou que “as sanções, apesar de necessárias, não são o objectivo final” – agora é urgente passar à fase de diálogo, sublinhou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi.

Esta segunda-feira, a Coreia do Norte, através da KCNA, anunciou que irá prosseguir o desenvolvimento de um arsenal nuclear e que o programa está de fora de qualquer eventual negociação com a comunidade internacional enquanto continuarem o que o regime entende serem as ameaças dos EUA. Diz estar "pronta a ensinar uma grande lição aos Estados Unidos" e acusa as Nações Unidas de terem cometido "um grave abuso de autoridade", assegurando que as suas armas nucleares e mísseis balísticos "nunca serão alvo de negociações".

Durante o fim-de-semana, a Coreia do Norte recusou uma proposta de diálogo apresentada por Seul. Os chefes de diplomacia dos dois países vizinhos encontraram-se informalmente durante uma cimeira do bloco regional asiático (ASEAN) em Manila, nas Filipinas.

O regime visou ainda directamente os EUA, declarando que Washington “irá pagar pelos seus crimes milhares de vezes”.