PCP vai recuperar propostas sobre floresta

Jerónimo criticou criação de comissão independente do Parlamento. BE quer programa de emergência para a protecção civil.

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O líder do PCP criticou as propostas do Governo para a floresta Miguel Manso

O PCP vai recuperar várias iniciativas legislativas sobre floresta e incêndios no âmbito do processo legislativo que agora decorre na Assembleia da República na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande e Góis. “Não se confunda rapidez com precipitação. Se a reforma florestal não está aprovada não é por qualquer capricho do PCP. Não está aprovada porque não responde aos problemas essenciais", afirmou Jerónimo de Sousa, na sexta-feira, citado pela Agência Lusa.

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O PCP vai recuperar várias iniciativas legislativas sobre floresta e incêndios no âmbito do processo legislativo que agora decorre na Assembleia da República na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande e Góis. “Não se confunda rapidez com precipitação. Se a reforma florestal não está aprovada não é por qualquer capricho do PCP. Não está aprovada porque não responde aos problemas essenciais", afirmou Jerónimo de Sousa, na sexta-feira, citado pela Agência Lusa.

Criticando a criação de uma comissão independente nomeada pelo Parlamento sob proposta do PSD, Jerónimo garantiu: “Não será uma equipa de técnicos, quem sabe independentes da Assembleia da República, mas dependentes de interesses em presença a vir agora descobrir a pólvora”. E concluiu: “O diagnóstico está feito. Não nos venham pedir mais comissões, mais estudos, resoluções. Há páginas e páginas de teorias e análises. Há resmas e resmas de recomendações e propostas.”

Em relação ao Governo, Jerónimo defendeu que este andará “mal, se insistir na chantagem para aprovação” das propostas de lei sobre reforma florestal que enviou à Assembleia. E defendeu que “é uma ilusão, mesmo um logro” afirmar que as medidas propostas pelo executivo são “a varinha mágica para tapar o essencial”.

Segundo o líder do PCP, o pacote legislativo do não atacam os verdadeiros problemas, os quais, na sua opinião, são “falta de investimento, políticas de restrição orçamental, desmantelamento de estruturas e serviços do Ministério da Agricultura” e “desvalorização do preço da madeira”.

Já a coordenadora do BE, Catarina Martins, exigiu que a Protecção Civil apresente, até ao fim do mês, um “programa de emergência” que tire “consequências do que correu mal na tragédia de Pedrógão Grande”, corrija erros e responda à sua missão no verão. E defendeu que “este é o momento para agir rapidamente, com segurança, com sensatez, apurando o que aconteceu, mas tirando consequências”.