Agora sim, o Mónaco é finalmente campeão

Equipa de Leonardo Jardim vence Saint Étienne em casa e conquista título que fugia aos monegascos desde 2000. Em Espanha, o Real Madrid ficou a um ponto do título.

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Mbappe e Falcao, a dupla goleadora do Mónaco SEBASTIEN NOGIER/EPA

Era preciso uma hecatombe de proporções épicas para o Mónaco não se sagrar nesta quarta-feira campeão de França, mas esse cataclismo não esteve sequer perto de acontecer. A equipa de Leonardo Jardim, Bernardo Silva e João Moutinho garantiu matematicamente o oitavo título da sua história, ao triunfar no Estádio Louis II por 2-0 sobre o Saint-Étienne. Os monegascos passaram a somar 92 pontos, inalcançáveis para o PSG, que tem 86.

Depois de quatro títulos consecutivos do PSG, este é um regresso aos títulos para a equipa monegasca, campeã pela última vez em 1999-00 orientada então por Claude Puel e com jogadores como o avançado David Trezeguet, o guarda-redes Fabian Barthez ou o médio português Costinha.

Bastava um empate para o Mónaco ser campeão, mas a celebração foi feita com uma vitória, com um golo do jovem prodígio Kylian Mbappé, numa rápida jogada de contra-ataque, com assistência de João Moutinho, titular, tal como Bernardo Silva, e com um golo de Germain já em tempo de compensação. Menos espectacular do que é costume, dada a apetência do Mónaco para as goleadas, mas mais que suficiente para garantir a vitória e fechar o título anunciado.

Depois do título conquistado na Grécia com o Olympiakos, Jardim volta a ser campeão, desta vez em França, 23 anos depois de Artur Jorge ter conquistado o título no banco do PSG. Ao terceiro ano no principado, o técnico nascido na Venezuela foi fazendo uma carreira em crescendo e, depois de dois terceiros lugares, conseguiu finalmente quebrar o domínio do PSG com um ataque espectacularmente concretizador (104 golos marcados) e uma mistura perfeita de veteranos (Subasic, Moutinho, Falcao) com jovens de enorme qualidade (Mbappé, Bernardo, Mendy, Fabinho).

Em Espanha, a decisão do título vai ficar para a última jornada, mas é o Real Madrid quem está mais bem colocado para o conquistar. Na viagem até à Galiza, para cumprir um jogo com vários meses de atraso, os “merengues” triunfaram por 4-1 sobre o Celta de Vigo e assumiram o comando do campeonato, passando a ter 90 pontos, mais três que o Barcelona. Para o Real conseguir o título, basta-lhe um empate no jogo da última jornada, na Andaluzia, frente ao Málaga. Só uma derrota do Real abrirá ao Barcelona a possibilidade de renovar o título, mas os catalães também terão de vencer o seu último jogo, em casa, frente ao Eibar.

Cristiano Ronaldo voltou a ser a grande figura do Real, marcando os dois primeiros golos do jogo, aos 10’ e aos 48’, num jogo marcado por alguma polémica em relação à arbitragem. Quando o jogo já estava 2-0 para o Real, Iago Aspas foi derrubado por Sergio Ramos na área “merengue”, mas o árbitro, em vez de assinalar o castigo máximo, mostrou o segundo amarelo ao avançado do Celta, que ficou a jogar com dez a partir dos 62’. Ainda assim, a formação galega reduziu para 1-2 aos 69’, pelo sueco Guidetti, mas o Real não deixou o jogo ficar na margem mínima por muito tempo. Benzema fez o 1-3 aos 70’ e Kroos fechou a contagem aos 88’.

Na Ucrânia, o Shakhtar Donetsk, comandado pelo português Paulo Fonseca, juntou a Taça ao campeonato já conquistado, ao triunfar na final, em Kharkiv, sobre o Dínamo de Kiev por 1-0. O brasileiro Marlos marcou o único golo da final, aos 80’, redimindo-se da grande penalidade falhada aos 8’, num jogo em que o português Antunes foi titular na equipa de Kiev.

Em Itália, também foi dia de final de Taça e a Juventus venceu pela terceira vez consecutiva, triunfando sobre a Lazio por 2-0, com golos de Dani Alves (12’) e Bonucci (25’). A equipa de Turim continua na corrida por uma “tripla” histórica, podendo conquistar já neste fim-de-semana a Série A, estando também na final da Liga dos Campeões, onde irá defrontar o Real Madrid.

Em Inglaterra, acabou a época para o Sheffield Wednesday de Carlos Carvalhal, eliminado nos penáltis pelo Huddersfield no play-off de promoção à Premier League, falhando assim o jogo decisivo em Wembley com o Reading.

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