Benfica segue na Taça de Portugal sem ter enfrentado um Real problema

Bastou uma segunda parte mais a sério para o tricampeão nacional ultrapassar a equipa do terceiro escalão do futebol nacional.

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Enric Vives-Rubio

O Benfica estava vacinado. Na terceira eliminatória desta edição da Taça de Portugal, os “encarnados” só seguiram em frente graças a um golo nos instantes finais da partida contra o 1.º Dezembro, curiosamente uma equipa também do concelho de Sintra e que, tal como o adversário de ontem — o Real — compete na Série G do Campeonato de Portugal. Mas, se no primeiro tempo do encontro desta quarta-feira, no Restelo, os tricampeões nacionais ainda evidenciaram alguns dos sintomas exibidos nessa partida de Outubro, os segundos 45 minutos mostraram a existência de anticorpos e o triunfo por 3-0 foi justo, tranquilo e previsível.

A diferença de estatuto e qualidade entre os dois plantéis era gritante, apesar de Rui Vitória ter promovido uma revolução no “onze” dos benfiquistas em relação ao apresentado no derby com o Sporting, disputado há apenas três dias. Da equipa titular nesse duelo mantiveram-se apenas dois jogadores (o guarda-redes Ederson e o defesa lateral André Almeida, embora tendo passado do flanco esquerdo para o direito).

Mas a equipa de Massamá tinha as suas medalhas para exibir. Eliminou duas equipas de escalões superiores (Arouca e Olhanense) e nos 17 jogos oficiais que disputou até ontem, ganhou 15, registando apenas uma derrota com somente seis golos sofridos. O Real Massamá lidera por isso o seu campeonato com à-vontade.

Sem intensidade no seu futebol, o Benfica deixou passar a primeira parte quase sem criar ocasiões de golo. Um remate de Zivkovic e um cabeceamento de Mitroglou foram as únicas ameaças à baliza do Real neste período.

Até que a segunda parte trouxe Gonçalo Guedes à equipa “encarnada”. O avançado deu outra dinâmica ao futebol das “águias” que marcaram logo no reatamento (47'), na sequência de um canto, num cabeceamento de Mitroglou.

O desalento fez-se sentir na equipa do Real, que sentia finalmente dificuldades em parar um Benfica mais perigoso e que marcaria o segundo, de penálti, com naturalidade, novamente por intermédio do avançado grego (81'). O jogo estava sentenciado e o terceiro golo dos benfiquistas, apontado por Jiménez (85'), foi um castigo demasiado pesado para o emblema de Massamá.

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