Sintra aprova concurso para centro de saúde e prepara terreno do polo hospitalar

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Miguel Manso

A abertura de concurso público para a empreitada do novo centro de saúde de Sintra foi aprovada pelo executivo municipal esta quinta-feira; e a autarquia já decidiu que o novo polo hospitalar vai ficar na zona da Cavaleira.

O executivo camarário aprovou, por maioria, uma proposta para a abertura de um concurso público para a construção do centro de saúde de Sintra, no bairro da Estefânea, pelo valor base de 950.000 euros, acrescidos de IVA. "A antiga junta de freguesia vai ser um centro de saúde. A câmara paga totalmente o centro de saúde de Sintra", afirmou o presidente da autarquia, Basílio Horta (PS), acrescentando que a nova unidade "vai servir imensa gente".

Segundo uma nota descritiva do projecto, a nova unidade resulta da adaptação das instalações inacabadas para a sede da junta de freguesia, na Avenida Desidério Cambournac, aproveitando a "casa inicial existente, a partir da qual nascem dois blocos".

Nos dois blocos, com uma área de construção de 969 metros quadrados (m2), serão criados gabinetes de consultas e salas de tratamentos, zona de atendimento ao público, salas de espera e espaço de reuniões. "Todos os acessos pelo exterior bem como todos os espaços interiores são acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida, quer por rampas ou elevador", lê-se no documento da autarquia.

De acordo com as previsões da autarquia, as obras terão início no primeiro semestre de 2017.

"Estamos a construir novos centros de saúde porque aqueles que existem, que têm lá os médicos, não têm condições nem para os utentes nem para os médicos", salientou o vereador da Solidariedade e Inovação Social, Eduardo Quinta Nova (PS).

O autarca lamentou que o município tenha estado nos últimos anos "na penúria em matéria de saúde, nos cuidados hospitalares, nos cuidados primários e nos cuidados continuados", considerando que o executivo está a investir nestes três sectores da saúde, "que são fundamentais não só para a qualidade de vida dos cidadãos, como para a competitividade do concelho".

O presidente da autarquia anunciou, entretanto, que o novo polo hospitalar de Sintra vai ficar instalado em terrenos municipais no bairro da Cavaleira, junto ao Itinerário Complementar (IC) 16, em detrimento de uma zona privada em frente ao tribunal.

O terreno, na freguesia de Algueirão-Mem Martins, junto a um dos principais acessos a Sintra, possui uma área de 58.756 m2 e o novo polo hospitalar deverá ser implantado em cerca de 30.000 m2, ficando assegurada a possibilidade de expansão futura das instalações, notou Basílio Horta.

O autarca adiantou que já estão em curso trabalhos de limpeza do terreno, para que o novo polo hospitalar, com 60 camas de cuidados continuados, possa avançar assim que ficarem definidos os termos da unidade, com os serviços tutelados pelo Ministério da Saúde.

Um grupo de trabalho criado pelo município e pelo Ministério da Saúde vai estabelecer o programa do novo polo hospitalar, em articulação com outros equipamentos existentes, com as valências de "serviço de urgência básica, consultas externas, unidade de cirurgia ambulatória, meios complementares de diagnóstico e terapêutica [e] uma unidade de cuidados continuados".

Para Basílio Horta, o novo polo permitirá resolver os problemas crónicos das urgências do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), com um investimento estimado de 30 milhões de euros, dos quais seis milhões serão comparticipados pelo município em 2017.

A autarquia contratualizou a construção de cinco novos centros de saúde (Almargem do Bispo, Algueirão-Mem Martins, Agualva, Queluz e Sintra), num investimento total de 6,9 milhões de euros, financiado em 4,2 milhões pelo Governo e em 2,7 milhões pelo município, assumindo ainda a totalidade da adaptação do imóvel para a unidade de Sintra.

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