Há uma nova galeria de arte em Lisboa: a Shiki Miki

A exposição The Holy Package, que junta obras dos artistas Bassanti e Binau, abre esta quarta-feira o novo espaço.

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Imagem do exterior da galeria José Campos
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Montagem da exposição The Holy Package Helena Colaço Salazar
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Montagem da exposição The Holy Package Helena Colaço Salazar
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Montagem da exposição The Holy Package Helena Colaço Salazar
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Montagem da exposição The Holy Package Helena Colaço Salazar

É esta quarta-feira que se inaugura a Shiki Miki, uma nova galeria de arte contemporânea, situada em Lisboa, na rua do Conde, às Janelas Verdes, a dois passos do Museu de Arte Antiga. Trata-se de um espaço de 100 metros quadrados, com coordenação e programação do artista Eduardo Moreira, apostando numa actividade que contempla exposições, residências, workshops, conferências, publicações e actividades educacionais para a juventude.

Irá das artes visuais às performativas, pretendendo “desconstruir as etiquetas e categorias que possam dividir a prática artística e enquadrá-la em gavetas estanques”, dirigindo-se a todos os que queiram estar “implicados num caldeirão de criação experimental, universal e ecléctico”.

No seu sítio oficial da Internet pode ler-se que “os artistas são as pontes, as antenas através das quais se ligam o mundo material e invisível”; entre os objectivos, o principal é “disponibilizar uma plataforma para a criação e exposição de trabalhos de artistas que habitualmente não operam apenas no quadro das galerias e museus”.

A primeira exposição, a inaugurar naturalmente esta quarta-feira, é The Holy Package, que irá mostrar o trabalho de dois artistas portugueses, Bassanti e Binau, com curadoria de Ana Cardim. A proposta expositiva assume uma estrutura bipartida, contemplando uma primeira fase que reúne um núcleo de pinturas a óleo e acrílico sobre tela, bem como alguns trabalhos de acrílico sobre cartão ou papel manufacturado, e uma segunda fase onde se reúnem diversos desenhos a acrílico sobre tela.

Todas as obras resultam de uma intervenção conjunta dos dois artistas. Entendendo a arte como laboratório do imaginário, permeável a uma pluralidade de influências, tanto Bassanti como Binau procuraram outros referentes durante o processo de criação, como a música, através da selecção de fragmentos dos repertórios sonoros de nomes como Patti Smith, Tom Waits, Laurie Anderson ou Morphine. O resultado da parceria apresenta afinidades formais com o grafismo dos fanzines e com a linguagem vinculada à arte urbana que, contudo, é transposta para suportes mais clássicos e exposta em espaço privado.

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