Casa Embaixador: depois das galinhas, os turistas

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A indicação dada ao atelier Arriba foi simples: transformar um prédio antigo e mal tratado de Belém, em Lisboa, numa unidade de alojamento local e “com um orçamento limitadíssimo”. A Casa Embaixador data da década de 1930 e os seus três pisos estiveram arrendados durante muitos anos com contratos antigos. “Houve alterações distintas em todos os andares, não havia um fio condutor”, sublinha o arquitecto José Andrade Rocha, da equipa do projecto que integra, também, Filipe Silva Ferreira. A reabilitação desta casa, propriedade de uma família, passou pela utilização de materiais “bastante low cost” e pelo aproveitamento máximo do que já existia. A escadaria e o piso interior foram mantidos e os barrotes de madeira do último piso — visíveis nas fotografias de Ricardo Oliveira Alves— faziam parte de um anexo exterior que um dos antigos arrendatários tinha construído no pátio e onde criava galinhas, conta Andrade Rocha. Todo o prédio foi pintado e de três apartamentos independentes nasceu um alojamento local com seis quartos e áreas comuns espaçosas e luminosas. No pátio, também intervencionado, a brita e calçada portuguesa foram os materiais escolhidos. A aposta deste projecto foi de “baixo custo, alto impacto” e, desde que abriu, em Junho último, a Casa Embaixador tem tido uma taxa de ocupação de 95%, revela o arquitecto. AMH