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Praxe: "o que não nos mata torna-nos mais fortes"?

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"Já fui caloiro, e agora envergo com orgulho capa e batina. Já passei pelo mesmo que todos os caloiros estão a passar agora", disse ao P3 o "doutor" e fotógrafo André Nobre. "A praxe é dura, mas é praxe. Porque o que não nos mata, torna-nos mais fortes. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata apenas de pisar os caloiros para que os mais velhos possam aumentar o seu próprio ego. Estes colegas mais velhos, que estão agora no lugar de 'veteranos' e 'doutores', também estão lá para conhecer os novos colegas e ajudá-los." André Nobre gosta de "resolver problemas e criar soluções", por esse motivo enveredou pelo curso de engenharia. O jovem reconhece que existem problemas associados à práctica da praxe académica, mas acredita que "paga o justo pelo pecador" na maioria dos casos. "A praxe tem o potencial de ser algo bastante bom, quando é bem realizado. Por isso sou a favor da realização da praxe. Somos jovens, os adultos do futuro, e precisamos de nos divertir. Ninguém é obrigado a nada, e ninguém vai ser posto de parte por não participar. Há quem vá e não goste, mas ainda bem que não gostamos todos do mesmo - o mundo seria bem mais chato." O estudante tem acesso "facilitado" a este a este universo, motivo que por que foi possível captar estas imagens. "Não é proibido fotografar a praxe", esclarece. "Simplesmente, algumas associações não o permitem por medo de que [o fotógrafo] distorça a realidade." André Nobre é fotógrafo freelancer e autor do projecto "Dreams in Motion", que pode ser acompanhado via facebook e instagram.