Dois aviões russos a caminho para ajudar no combate aos fogos

Aviões anfíbios Beriev chegam nesta madrugada e juntam-se ao dispositivo no sábado. Podem levar até 12 mil litros de água.

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Um Beriev Be-200 em acção REUTERS/Nova Wahyudi/Antara

Dois aviões pesados russos chegam na madrugada deste sábado a Portugal para reforçarem o dispositivo de combate a incêndios, avançou ao PÚBLICO fonte oficial do Ministério da Administração Interna. Os aviões, dois Beriev Be-200 Altair com capacidade para transportar até 12 mil litros de água, ficarão estacionados na base aérea de Monte Real (Leiria) e estarão operacionais a partir de amanhã.

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Dois aviões pesados russos chegam na madrugada deste sábado a Portugal para reforçarem o dispositivo de combate a incêndios, avançou ao PÚBLICO fonte oficial do Ministério da Administração Interna. Os aviões, dois Beriev Be-200 Altair com capacidade para transportar até 12 mil litros de água, ficarão estacionados na base aérea de Monte Real (Leiria) e estarão operacionais a partir de amanhã.

A chegada destes aviões anfíbios surge depois de Portugal ter pedido ajuda à Federação Russa ao abrigo de um acordo bilateral de protecção civil assinado em 1998 entre os dois países. Já noutras ocasiões a Rússia enviou estas aeronaves usadas para combate a incêndios, busca e salvamento, patrulha marítima, carga e transporte de passageiros, que podem levar até 37 toneladas de carga e 12 mil litros de água em cada turno de aquaplanagem.

Os dois Beriev juntam-se a outras cinco aeronaves chegadas nos últimos dias do estrangeiro para reforçarem o dispositivo nacional que por estes dias tem combatido centenas de fogos por todo o país, em especial na região Norte. Na quarta-feira, dia em que o Governo português pediu formalmente ajuda aos parceiros europeus através do mecanismo europeu de protecção civil, dois Canadair chegaram de Espanha para acudir aos fogos no distrito de Viana do Castelo. Já ontem aterraram mais três Canadair, um de Itália e dois de Marrocos, que se vieram juntar aos 47 meios aéreos que Portugal tem à disposição nesta que é a época mais crítica de fogos florestais.

Às 13h desta sexta-feira, o distrito de Aveiro era aquele que mais meios mobilizava no combate às chamas, com mais de mil operacionais no terreno e 12 meios aéreos envolvidos no combate a quadro grandes incêndios. Na lista de "ocorrências importantes" destacadas na página de Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (com mais de três horas de duração e mais de 15 meios de socorro), apenas relativas ao continente, destacavam-se ainda incêndios significativos nos distritos do Porto, Vila Real e Viana do Castelo. Ao todo lavravam 93 incêndios rurais àquela hora em todo o país.