Polícia à procura de testemunhas do acidente em França

“Há questões legítimas que se podem pôr acerca da carrinha acidentada”, observou o secretário de Estado francês dos Transportes

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Entre as 12 vítimas mortais, havia uma menina de sete anos AFP PHOTO / JEAN-PHILIPPE KSIAZEK

A polícia de Moulins, em França, onde na quinta-feira morreram 12 portugueses na sequência do choque da carrinha onde seguiam com um veículo pesado, está à procura de testemunhas que tenham presenciado o acidente, por forma a conseguir reconstituir os factos.

Continuam por esclarecer as circunstâncias em que se deu o choque, mas avolumam-se as suspeitas de que o veículo Mercedes em que seguiam os passageiros não teria capacidade senão para seis passageiros. Por outro lado, o proprietário da carrinha – que, tal como o seu condutor, se encontra hospitalizado numa unidade de saúde psiquiátrica – seguiria noutro veículo que, até agora, não foi encontrado.

“Há questões legítimas que se podem pôr acerca da carrinha acidentada”, observou o secretário de Estado francês dos Transportes, Alain Vidal, em declarações a uma estação de rádio, secundando assim o procurador encarregue da investigação - que já tinha afirmado que a Mercedes Sprinter não podia funcionar como autocarro porque não era “adequada, por natureza, ao transporte colectivo”. Foi depois de se ter desviado para a faixa contrária que colidiu de frente com o camião. Entre as 12 vítimas mortais, emigrantes que tinham partido do cantão de Friburgo, na Suíça, e rumavam a Portugal para passar a Páscoa, havia uma menina de sete anos.

Como o PÚBLICO já explicou, mesmo que o veículo estivesse homologado para transportar 12 passageiros (o que não era o caso), então o jovem de 19 anos não o poderia conduzir, já que 21 anos é a idade mínima para ter a carta de condução de pesados de passageiros.

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