Israel promete na ONU luta contra entrada do Irão no clube nuclear

Benjamin Netanyahu diz que Teerão vai continuar a "iludir" a comunidade internacional assim que as sanções forem levantadas.

Foto
Netanyahu mostrou à assistência um livro escrito pelo ayatollah Ali Khamenei Mike Segar/Reuters

Durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorqu, Netanyahu voltou a lançar duras críticas ao acordo sobre o programa iraniano, alcançado entre as principais potências mundiais, incluindo os EUA e a Rússia, e que tem como objectivo garantir que Teerão não desenvolva energia nuclear com fins belicistas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorqu, Netanyahu voltou a lançar duras críticas ao acordo sobre o programa iraniano, alcançado entre as principais potências mundiais, incluindo os EUA e a Rússia, e que tem como objectivo garantir que Teerão não desenvolva energia nuclear com fins belicistas.

Para o primeiro-ministro israelita, assim que as sanções sobre o Irão forem levantadas, como parte do acordo, o país "vai continuar a iludir" a comunidade internacional. Netanyahu mostrou à assistência um livro escrito pelo ayatollah Ali Khamenei, que o primeiro-ministro israelita diz conter um apelo à destruição de Israel.

"Israel está a trabalhar de perto com os nossos parceiros árabes para a paz, para enfrentarmos os nossos desafios de segurança comuns, e também os problemas de segurança provocados pelo ISIL [uma das designações do autoproclamado Estado Islâmico]. Ainda que não haja confirmações oficiais, tem sido noticiada a proximidade entre Israel e a Arábia Saudita, que é o maior rival regional do Irão.

A maioria dos 43 minutos do discurso de Benjamin Netanyahu foram ocupados com o acordo sobre o programa nuclear iraniano, mas também houve tempo para uma resposta ao líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que na véspera acusara as acções das forças de segurança israelitas na mesquita de Al-Aqsa de estarem a fomentar uma guerra religiosa.

Netanyahu disse que Abbas deve "deixar de espalhar mentiras sobre alegadas intenções de Israel sobre o Monte do Templo", e que regresse às negociações directas com vista à paz entre israelitas e palestinianos.