App para ajudar à comunicação com autistas vence competição nacional

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Miguel Madeira

A app, a EBSSA mais especial, foi concebida por estudantes do Agrupamento de Escolas de Santo António, no Barreiro, que se socorreram de imagens para desenvolverem um software para smartphone que ajuda crianças, jovens e adultos, nomeadamente com autismo, síndrome de Down e vítimas de acidente vascular cerebral, a superarem dificuldades de comunicação. A app pode ser personalizada de acordo com as características do utilizador.

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A app, a EBSSA mais especial, foi concebida por estudantes do Agrupamento de Escolas de Santo António, no Barreiro, que se socorreram de imagens para desenvolverem um software para smartphone que ajuda crianças, jovens e adultos, nomeadamente com autismo, síndrome de Down e vítimas de acidente vascular cerebral, a superarem dificuldades de comunicação. A app pode ser personalizada de acordo com as características do utilizador.

A final da competição, à qual concorreram 16 aplicações de 16 escolas básicas e secundárias do país, avaliadas por um júri, realizou-se na sexta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, onde as apps foram apresentadas.

A segunda melhor aplicação foi a SOS Sénior, da Escola D. Sancho II, de Alijó, que possibilita aos idosos acederem a contactos de emergência, como bombeiros, e de apoio, como a Linha Saúde 24, e receberem alertas sobre a toma de medicamentos. No terceiro lugar ficou a aplicação O meu curso, criada por alunos da Escola Secundária Seomara da Costa Primo, na Amadora, que visa gerir melhor os módulos de disciplinas de um curso profissional.

Na categoria A escolha do público, feita por votação na internet, a SOS Sénior foi eleita a melhor app. Esta app e a EBSSA mais especial também foram premiadas na categoria Jovens empreendedores no digital.

A iniciativa Apps for Good, que se realizou este ano pela primeira vez em Portugal, teve origem no Reino Unido e desafia alunos dos ensinos básico e secundário a conceberem aplicações para telemóveis, ou outros suportes tecnológicos móveis, com intuitos sociais: que ajudem a resolver um problema do dia-a-dia da sua comunidade.

Ao todo, 300 alunos, dos 10 aos 18 anos, de 16 escolas, orientados por 32 professores, desenvolveram 56 aplicações, das quais foram selecionadas 16 para a final.

O projecto que ficou em primeiro lugar vai, no próximo ano, à final internacional e tem assegurado o apoio de uma empresa de engenharia informática.

Em Portugal, a Apps for Good envolve vários parceiros, incluindo a Direcção-Geral de Educação, a Associação Nacional de Professores de Informática, a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação EDP e a Microsoft (estas três últimas entidades são as principais fontes financiadoras).