Eurogrupo pode chegar a acordo com a Grécia no sábado

Cimeira de líderes no domingo “pode não ser necessária”. Sinais de optimismo em Bruxelas.

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Parece reinar o optimismo entre os responsáveis europeus Yannis Behrakis/AFP

Quanto à questão da sustentabilidade da dívida, que quinta-feira motivou várias declarações de líderes europeus, incluindo do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e da chanceler alemã, Angela Merkel, “fará parte da discussão que teremos no Eurogrupo”, disse. Até porque a avaliação das instituições às propostas apresentadas pelo Governo grego, no âmbito do pedido de um terceiro empréstimo europeu, inclui uma análise da sustentabilidade da dívida, acrescentou.

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Quanto à questão da sustentabilidade da dívida, que quinta-feira motivou várias declarações de líderes europeus, incluindo do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e da chanceler alemã, Angela Merkel, “fará parte da discussão que teremos no Eurogrupo”, disse. Até porque a avaliação das instituições às propostas apresentadas pelo Governo grego, no âmbito do pedido de um terceiro empréstimo europeu, inclui uma análise da sustentabilidade da dívida, acrescentou.

Também o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, citado pela Reuters, indicou que espera que os líderes europeus não tenham de se reunir no domingo porque “já se pode ter chegado a um acordo antes”.

Estas declarações indiciam que reina algum optimismo entre os responsáveis europeus de que as propostas apresentadas na quinta-feira aproximaram a Grécia e os seus credores de um acordo. Já esta sexta-feira, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, adiantou que da reunião de sábado poderá sair uma “decisão importante”

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, teria dito a Stavros Theodorakis, líder do partido grego To Potami, com quem se encontrou na manhã desta sexta-feira, que as propostas de Atenas são uma boa base para chegar a um acordo.

Também tem havido dúvidas sobre se um eventual terceiro resgate à Grécia evitará que a Grécia falhe – por uma questão de tempo – o pagamento dos 3500 milhões de euros que tem de devolver ao Banco Central Europeu  (BCE) a 20 de Julho. Os procedimentos para negociar um novo programa de assistência financeira não permitiriam desbloquear fundos ao país em tempo útil.

A mesma fonte europeia insiste que “o tratado que estabelece o MEE [Mecanismo Europeu de Estabilidade] exclui qualquer pré-desembolso”, já que a condição principal para a libertação de fundos é “a existência de um programa”  e do respectivo memorando de entendimento.

“Primeiro temos de resolver a questão se haver ou não um programa, antes de saber se haverá uma forma de financiamento transitório. Essa questão será abordada quando, e se, houver um acordo.”

A possibilidade mais falada nos últimos dias seria o BCE entregar às autoridades gregas os lucros que obteve sobre a dívida grega através do seu programa de compra e venda de dívida pública (SMP - Securities Market Programme), o que permitiria à Grécia pagar ao próprio BCE. No entanto, a mensagem europeia é clara: para isso, é preciso que haja antes acordo sobre um programa de reformas a longo prazo.