Erros nas colocações de professores custaram 50 mil euros em indemnizações

Nuno Crato diz que foram corrigidos alguns aspectos para evitar problemas no arranque do próximo ano lectivo.

Foto
Decisão ainda foi no tempo de Nuno Crato Foto: Miguel Manso

A poucos dias do fim do ano lectivo, e já a pensar no início das aulas em Setembro, falou-se muito nesta entrevista da colocação dos professores nas escolas. “Não quisemos fazer uma revisão completa do processo em termos de legislação”, disse o ministro da Educação e Ciência, mas “foi corrigido um ou outro aspecto” e “antecipado tudo na medida do possível” para que as colocações de docentes “sejam feitas mais cedo”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A poucos dias do fim do ano lectivo, e já a pensar no início das aulas em Setembro, falou-se muito nesta entrevista da colocação dos professores nas escolas. “Não quisemos fazer uma revisão completa do processo em termos de legislação”, disse o ministro da Educação e Ciência, mas “foi corrigido um ou outro aspecto” e “antecipado tudo na medida do possível” para que as colocações de docentes “sejam feitas mais cedo”.

Quanto aos problemas passados, explicou que os docentes prejudicados com colocações incorrectas foram indemnizados e os alunos que ficaram sem aulas durante semanas foram compensados.

Nuno Crato recordou ainda que até ao final da legislatura cerca de 4000 professores entrarão nos quadros. “Durante décadas houve um problema que não foi resolvido em Portugal, os professores podiam ser contratados anos e anos... esse problema acabou.” As novas regras obrigam à entrada nos quadros ao fim de cinco anos num horário anual, completo, sucessivo. Por via dessa norma e “de mais algumas vagas” o ministro considera que se está “a dar estabilidade a 4000 mil professores, a quatro mil famílias e às escolas”.

Questionado sobre os professores que já estão no quadro e podem ser enviados para a requalificação, disse que “o objectivo é que sejam zero”.

O ministro defende que as escolas devem ter “a maior autonomia possível” e disse que se pode ir mais longe — gostava, por exemplo, que elas tivessem um papel “ainda maior na contratação de professores, na gestão dos professores que dão as suas aulas”.

Explicou, contudo, que este Governo quando tomou possa estava “preocupadíssimo em conter a despesa e controlar todas as fontes possíveis de acréscimo de despesas”. “Agora temos mais alguma folga.”

Quando já quase no final da entrevista lhe perguntaram se pensa ser ministro de novo, rematou: “Nunca penso nisso. Tenho muita honra em ser professor de Matemática na Universidade de Lisboa.”