Fernando Negrão defende continuação de Carlos Costa no Banco de Portugal

Ministério Público estará à espera do encerramento do inquérito e das contra-ordenações para avançar com inquéritos-crime.

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Fernando Negrão, presidente da comissão de Inquérito ao caso BES, que está praticamente concluída Enric Vives-Rubio

“O Dr. Carlos Costa acompanhou todo o processo desde o início. Ele está empenhado, como nós sabemos, no que diz respeito à venda do Novo Banco, portanto acho que deve acompanhar este processo até ao fim", afirmou Fernando Negrão, ao programa Terça à Noite.

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“O Dr. Carlos Costa acompanhou todo o processo desde o início. Ele está empenhado, como nós sabemos, no que diz respeito à venda do Novo Banco, portanto acho que deve acompanhar este processo até ao fim", afirmou Fernando Negrão, ao programa Terça à Noite.

O mandato de Carlos Costa termina em Junho do corrente ano.

Em vésperas de levar o relatório final da comissão a plenário para o debate final, Fernando Negrão admitiu que tem conversado “uma vez ou outra” com a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal.

E arriscou uma explicação para o facto de ainda não terem sido avançados inquéritos-crime no caso do BES: "O que eu diria é que o Ministério Público, eventualmente, estará a aguardar que a comissão de inquérito termine. Estará à espera dos resultados das contra-ordenações e então a parte criminal poderá avançar. Esta pode ser a estratégia do Ministério Público e é a única explicação para os inquéritos-crime ainda não terem avançado como todos os portugueses estarão à espera”, afirmou na entrevista à Renascença, reconhecendo ainda que Portugal tem “um problema grave de lentidão na justiça”.

Fernando Negrão admitiu ainda que os trabalhos da comissão emperraram nas ligações deste caso a Angola. "Ficámos ali com um problema no que diz respeito ao BESA, que foi uma peça importante em toda esta questão e não foi possível chegar a conclusões”, adiantou.

O deputado social-democrata manifestou, no entanto, esperança numa articulação judiciária entre o Ministério Público português e o Ministério Público angolano, já que, no que respeita à comissão de inquérito, de Angola não receberam “respostas da parte das autoridades oficiais".