PCP que saber se Ricciardi é idóneo para presidir ao BESI

Na sequência da audição de terça-feira de Carlos Costa, comunistas requerem ao Parlamento que peça esclarecimentos ao Banco de Portugal.

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José Maria Ricciardi, presidente do Haitong Bank (ex-BESI) Miguel Manso

Os comunistas alegam que, apesar de José Maria Ricciardi ter ido ao Parlamento "fingir desconhecimento da complexidade da situação antes de meados de 2013", e de mostrar mesmo "surpresa com muitos dos processos", alguns deles beneficiaram "da participação directa" do banco de investimento a que preside. Por isso mesmo, os comunistas querem saber se o BdP considera que Ricciardi "continua a reunir as condições necessárias para que lhe seja reconhecida idoneidade para o desempenho das funções de administrador" nos termos da lei.

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Os comunistas alegam que, apesar de José Maria Ricciardi ter ido ao Parlamento "fingir desconhecimento da complexidade da situação antes de meados de 2013", e de mostrar mesmo "surpresa com muitos dos processos", alguns deles beneficiaram "da participação directa" do banco de investimento a que preside. Por isso mesmo, os comunistas querem saber se o BdP considera que Ricciardi "continua a reunir as condições necessárias para que lhe seja reconhecida idoneidade para o desempenho das funções de administrador" nos termos da lei.

Em causa estão afirmações de Carlos Costa, proferidas nesta terça-feira nesta mesma comissão, onde o governador esteve, pela segunda vez, a prestar esclarecimentos sobre a falência e resolução do segundo maior banco privado português.

No requerimento enviado ao presidente da CPI, o PCP retoma alguns dos temas abordados pelo governador do BdP, que chamou a atenção para o facto de "todos os ramos da família Espírito Santo", nomeadamente os representantes no Conselho Superior do GES, assim como "os administradores do BES", terem sido alertados para situações graves" na instituição financeira. E que nenhum pode agora invocar "qualquer espécie de desconhecimento" dos factos que foram entretanto apurados, o que coloca "forçosamente a questão da avaliação da sua idoneidade".