“Voltamos a ser novamente senhores do nosso destino”, diz Aguiar-Branco

No encerramento das Jornadas do Investimento, ministro da Defesa destaca o trabalho feito pela actual maioria diz que o país pode encarar o futuro com um “optimismo prudente”.

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Aguiar-Branco

“É bom lembrarmos que, em 2011, discutíamos se Portugal ia sair ou não do euro e se o país tinha ou não dinheiro para pagar o salário no mês seguinte”, argumentou Aguiar Branco, para contrapor: “Em 2015, o que discutimos é qual o valor da taxa de crescimento que vamos ter, quanto o défice vai descer”.

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“É bom lembrarmos que, em 2011, discutíamos se Portugal ia sair ou não do euro e se o país tinha ou não dinheiro para pagar o salário no mês seguinte”, argumentou Aguiar Branco, para contrapor: “Em 2015, o que discutimos é qual o valor da taxa de crescimento que vamos ter, quanto o défice vai descer”.

No discurso que proferiu aos militantes social-democratas e democratas-cristãos, o ministro fez questão de apresentar alguns números concretos para destacar as reformas feitas pelo Executivo. “O défice em 2011 era de quase 8% e, em 2015 é de 2,7 %” referiu, sem deixar de apontar também outros exemplos, como as despesas dos gabinetes do governo. “Em 2011, eram de 61 milhões de euros e, em 2015, são 52 milhões de euros”.

Com base nestes e noutros dados, Aguiar Branco garante que o país pode agora ter “confiança” e um “optimismo prudente”.

Ainda num exercício de recuo ao passado, o ministro desafiou a assistência a imaginar o que diria sobre um país “que tinha três hospitais militares, um por cada ramo das forças armadas”, “que continuava a investir 3.000 milhões de euros num programa de Novas Oportunidades, que oportunidades deu muito poucas”, “que continuava a ter um governo civil por distrito, cuja actividade mais conhecida era registar concursos publicitários”, “que estava endividado e continuava a construir auto-estradas, aparentemente sem custos para o utilizador”, entre outros exemplos.

Além de destacar o trabalho realizado, Aguiar-Branco não deixou de criticar o actual líder do maior partido da oposição, António Costa, deixando à “consideração dos portugueses” o facto do secretário-geral do PS “dizer uma coisa e depois dizer outra”. “Eu diria que o António Costa mudou mais vezes de opinião em relação ao Syrisa do que o próprio Syrisa mudou de opinião em relação à dívida da Grécia”, criticou, sem deixar passar ao lado, também, a recente polémica em torno das declarações no encontro com os chineses. “António Costa tem de perceber que isto é muito diferente do que fazer comentários semanais na Quadratura do Círculo”, insistiu.

O governante foi ainda mais longe nas críticas ao PS. “Quem andou sempre com a estabilidade na boca em relação a esta coligação, ao fim de seis meses já está com um cenário de divisionismo”, apontou Aguiar-Branco, durante o discurso que proferiu na sessão que contou ainda com as intervenções dos vice-presidentes das distritais de Aveiro do PSD e do CDS-PP, Salvador Malheiro e Raul Almeida, respectivamente.