Pessoas de papel que habitam locais reais

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Cátia Martins tem 20 anos e uma paixão pela fotografia, actividade que iniciou aos 15 anos. É estudante do Mestrado Integrado em Arquitectura do ISCTE-IUL e aos 18 anos experimentou fotografia de espectáculos. Teve a oportunidade de fotografar concertos mas nunca deixou de fotografar livremente. “Não gosto de me limitar apenas a uma área”, confessa. “Tenho de ter sempre algum método para registar imagens, nem que seja com o telemóvel”. Em paralelo, também anda sempre com um caderno “onde possa rabiscar.” Começou o projecto na Páscoa passada. Estava em casa a fotografar a família e viu os movimentos da mãe e da avó enquanto cozinhavam. Decidiu fotografa-las, imprimiu as imagens e substituiu as figuras que apareciam com os seus desenhos colados com fita-cola. O resultado foi inconsciente e deu lugar ao seu actual projecto. O feedback foi tão positivo que resolveu fazer fotomontagens de forma mais regular. Ao juntar o desenho com a fotografia, Cátia consegue alcançar o seu objectivo – contrastar o cenário com as pessoas que fazem parte dele. O resultado é um diário gráfico onde moram pessoas de papel em sítios reais. A autora acrescenta que o projecto se vai prolongar até porque “há muitas pessoas de papel pelo mundo à espera de serem registadas.” Fica um aviso – se te cruzares com ela também podes vir a ser uma pessoa de papel. Para veres mais, acede à página do instragam ou através da "hashtag" #paperpeopleproject. Também é possível visualizar o trabalho no tumblr e o blog.