Portugal e Espanha mostram em conjunto a sua contemporaneidade artística em Washington

Entre 3 e 24 de Março, o Kennedy Center recebe dezenas de criadores portugueses e lusófonos integrados no festival Iberian Suite: Global Arts Remix

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A criação desta Conta Satélite da Cultura em Portugal foi anunciada em 2013, pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e resulta de um protocolo de cooperação entre o INE e o Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais da SEC. Enric Vives-Rubio

Da comitiva portuguesa farão parte as companhias de teatro Mundo Perfeito, Mala Voadora e Teatro Meridional, os escritores Afonso Cruz, José Luís Peixoto e Dulce Maria Cardoso, os músicos António Zambujo, Carminho, Camané, Rodrigo Leão ou The Gift, a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Diogo Infante com João Gil, e as instalações de Vhils, Souto de Moura e Siza Vieira, entre outros.

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Da comitiva portuguesa farão parte as companhias de teatro Mundo Perfeito, Mala Voadora e Teatro Meridional, os escritores Afonso Cruz, José Luís Peixoto e Dulce Maria Cardoso, os músicos António Zambujo, Carminho, Camané, Rodrigo Leão ou The Gift, a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Diogo Infante com João Gil, e as instalações de Vhils, Souto de Moura e Siza Vieira, entre outros.

Na apresentação esta quarta-feira de Iberian Suite no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o secretário de Estado da Cultura Jorge Barreto Xavier salientou a montra de cultura contemporânea proporcionada pela iniciativa do Kennedy Center, “uma referência a nível global na área das artes do espectáculo”, depois de ter dado semelhante destaque ao Japão e aos países nórdicos em anos anteriores. Apesar da relação histórica entre os países, acrescentaria, “não nos conhecemos tão bem assim”.

Também de invisibilidade falou Tiago Rodrigues, actor e encenador do Mundo Perfeito. Invisibilidade enquanto perigo e armadilha: “a indiferença em relação à criação cultural e artística é um dos seus grandes inimigos – dos artistas, mas também do público, dos cidadãos, da democracia e da igualdade que a fruição artística nos oferece.” Iberian Suite, defendeu, combate esse estado de invisibilidade, enquanto reconhecimento institucional da vitalidade da criação portuguesa.

Dois dos espectáculos mais emblemáticos de Iberian Suite têm o dedo de Natália Luiza, do Teatro Meridional. Por um lado, Contos em Viagem – Cabo Verde, numa ponte construída pela língua portuguesa com outros territórios, e por outro, a Ode Marítima (por Diogo Infante e João Gil), ao levar até Washington um dos representantes máximos dessa língua – Álvaro de Campos (Fernando Pessoa). “Os dois projectos em que estou envolvida têm que ver com viagem”, disse ao PÚBLICO. "E o que se passa numa viagem é que vamos a sítios, reconhecemos coisas e outros que não conhecíamos, e passam assim a fazer parte do nosso reportório humano.”