EP garante que não é possível alargar tabuleiro da Ponte Luiz I

Possibilidade foi levantada na reunião do executivo da Câmara do Porto, durante um debate sobre novas travessias do rio Douro.

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O tabuleiro inferior está muito degradado e vai ser intervencionado Paulo Ricca/Arquivo

A empresa Estradas de Portugal (EP) garante que não é possível alargar o tabuleiro inferior da Ponte Luiz I. Essa possibilidade foi referida pelo vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Manuel Correia Fernandes, durante a reunião pública do executivo, mas a EP diz que tal é impossível e que a obra vai, por isso, decorrer como previsto.

Na reunião de terça-feira, no momento em que se discutia eventuais novas travessias do Douro, ligando as margens do Porto e Vila Nova de Gaia, o presidente da câmara, Rui Moreira, garantiu que “não há nada objectivamente pensado” sobre novas travessias pedonais, mas Correia Fernandes revelou que uma outra hipótese poderia estar em cima da mesa. “Tivemos reuniões com o engenheiro responsável pelo projecto de alargamento do tabuleiro superior da Ponte Luiz I, para receber o metro, que colocaram novas perspectivas, permitindo-nos pensar que seria possível uma solução idêntica para o tabuleiro inferior”, disse, na altura.

O autarca não quis prestar mais esclarecimentos sobre esta matéria, mas contactada pelo PÚBLICO, fonte da assessoria de imprensa da EP garante que a empresa, que tem a responsabilidade da manutenção do tabuleiro inferior da ponte desde Março de 2014, desconhece essas reuniões. Além disso, acrescenta a mesma fonte, “sendo esta estrutura parte integrante do Património Mundial da Unesco, existe um conjunto de condicionalismos nas intervenções a realizar, não sendo possível concretizar qualquer alargamento do tabuleiro inferior, pois tal intervenção iria implicar alterações na sua traça arquitectónica”.

Por isso, os planos de intervenção da empresa no tabuleiro inferior da Ponte Luiz I não se alteraram, garante a mesma fonte. A EP pretende investir 500 mil euros em trabalhos de “reparação dos passeios, dos guarda corpos, das juntas de dilatação, do sistema de drenagem e do pavimento da via, e intervenções de reparação, tratamento e protecção da estrutura”. O concurso público da obra será lançado este ano e a expectativa da EP é que o início dos trabalhos possa acontecer também “ainda em 2015”.

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