PSD abstém-se de alterar acesso às comissões

Episódio da comissão de saúde discutido na bancada.

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Há um ano, José Carlos Saldanha pediu ao então ministro da Saúde que não o deixasse morrer DANIEL ROCHA

A presença de cidadãos anónimos nas comissões parlamentares, vindos de fora da Assembleia da República, foi questionada na reunião da bancada do PSD, esta quinta-feira de manhã.

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A presença de cidadãos anónimos nas comissões parlamentares, vindos de fora da Assembleia da República, foi questionada na reunião da bancada do PSD, esta quinta-feira de manhã.

Apesar de a publicidade ser o princípio – a excepção é decorrerem à porta fechada - , a assistência das reuniões das comissões habitualmente só é habitualmente composta por jornalistas, assessores dos partidos e acompanhantes de convidados, no caso de audições.

No final da reunião da bancada do PSD, o líder parlamentar defendeu não ser necessário alterar o regimento. “Creio que não serão necessárias alterações. O que é necessário é que todos tenhamos bom senso e equilíbrio para podermos ter toda a tranquilidade no desenvolvimento dos trabalhos parlamentares. A Presidente da Assembleia da República, os grupos parlamentares, os presidentes das comissões devem colaborar no sentido de garantir que haja condições”, afirmou aos jornalistas.

Luís Montenegro condenou, no entanto, a interrupção da audição de Paulo Macedo por um doente com Hepatite C. “Não dignifica os trabalhos parlamentares, e é uma perturbação que deve ser evitada no futuro, independentemente de todo o respeito que nos merecem os nossos concidadãos, em particular aqueles que vivem nas suas vidas dramas e tragédias como aquelas das pessoas que assistiram ontem [quarta-feira] aos trabalhos da comissão", afirmou.

A presidente da comissão parlamentar de Saúde, Maria Antónia Almeida Santos, disse ao PÚBLICO não ter entretanto recebido qualquer indicação sobre alteração das regras de acesso à assistência das comissões por parte do público.